1. World Health Organization. International programme on chemical safety.Environmental health criteria 22: ultrasound. 1982.2. Barnett SB, et al. The sensitivity of biological tissue to ultrasound. Ultrasound in Medicine and Biology, Volume 23, Issue 6, Pages 805-812. 1997.3. Bricker, L., and J.P. Neilson. 2006. “Routine Doppler ultrasound in pregnancy.” The Cochrane Collaboration 3. Retrieved 12/24/2009 from www.cochrane.org/reviews/en/ab001450.html4. Ewigman BG. Effect of prenatal ultrasound screening on perinatal outcome. New England Journal of Medicine, Volume 329:821-827. Retrieved 12/24/2009 from http://content.nejm.org/cgi/content/short/329/12/821
terça-feira, 1 de março de 2016
ULTRASSOM: MAIS PREJUDICIAL QUE BENÉFICO?
A
história do ultrassom começa em julho 1955 quando um obstetra escocês,
Ian Donald, tomou emprestada uma máquina industrial de ultrassom usada
para detectar falhas no metal e testou em alguns tumores, que tinham
sido removidos previamente e usando um pedaço de carne como controle.
Descobriu que os diferentes tumores produziram ecos diferentes. Logo
Donald já usava o ultrassom não somente para tumores abdominais nas
mulheres mas também em mulheres grávidas. Artigos pipocaram nos jornais
médicos, e seu uso se espalhou rapidamente em todo o mundo.A
disseminação do ultrassom na obstetrícia clínica é refletida nas
afirmações inapropriadas feitas na literatura médica a respeito do que
seria seu uso adequado: "Uma das lições da história é que ela
naturalmente se repete. O desenvolvimento do ultrassom obstétrico
espelha assim a aplicação à gravidez humana de raios X diagnósticos".
Ambos, em alguns anos após a descoberta, eram usados para diagnosticar a
gravidez e medir o crescimento e normalidade do feto. Em 1935 foi dito
que "o trabalho pré-natal sem o uso rotineiro dos raios X não é mais
justificável do que seria o tratamento das fraturas" (Reece 1935). Em
1978: "pode-se afirmar sem ressalvas que a obstetrícia e a ginecologia
modernas não podem ser praticadas sem o uso do ultrassom diagnóstico"
(Hassani 1978). Dois anos mais tarde, foi dito que o "agora o ultrassom
não é mais um teste de diagnósticoaplicado a algumas gravidezes
consideradas em termos clínicas como sendo de risco. Pode agora ser
usado para analisar todas as gravidezes e deve ser considerado como uma
parte integral do cuidado pré-natal" (Campbell Little 1980). Em nenhumas
destas datas as evidências habilitavam os autores para fazerem estas
afirmações.Não foram somente os médicos que tentaram promover o
ultrassom com afirmações que vão além dos dados científicos. Os
interesses comerciais também têm promovido ativamente o ultrassom, e não
somente os médicos e os hospitais. Por exemplo, uma propaganda lida
extensamente em um jornal de domingo (The Times, Londres) clamava:
Toshiba decidiu projetar um equipamento diagnóstico que seria
absolutamente seguro... O nome: Ultrassom. Uma organização do
consumidores na Grã Bretanha queixou-se à "Advertising Standards
Authority" (NT: órgão de regulamentação da publicidade) de que a Toshiba
estaria fazendo uma afirmação não verdadeira, e a queixa foi acatada.
Em muitos países, a aplicação comercial do ultrassom durante a gravidez é
amplamente difundida, oferecendo "visão do bebê ", "ultrassom
recreativo" e "encontre seu bebê " com fotografias e gravação em fitas
de vídeo. A extensão na qual os médicos não obstante seguiram tal
conselho cientificamente injustificado, e o grau no qual esta tecnologia
proliferou, podem ser ilustrados por dados recentes de três países. Na
França, em um ano, três milhões de exames por ultrassom foram feitos em
700.000 mulheres grávidas --- uma média de mais de quatro ecografias por
gravidez. Esses exames custaram aos contribuintes franceses mais do que
todos os outros procedimentos terapêuticos e diagnósticos feitos nestas
mulheres grávidas. Na Austrália, onde o serviço de saúde paga por
quatro ecografias rotineiras, a conta do ultrassom obstétrico em um ano
recente foi de 60 milhões de dólares australianos. Um editorial de 1993
no USA Today faz hoje a seguinte afirmação: "O primeiro retrato bebê ---
um ultrassonograma intrauterino de US$200 --- é uma adição simpática a
todo o álbum de família. Mas será que os ultrassonogramas medicamente
valem 1 bilhão dos escassos dólares da saúde pública da nação? Essa é a
pergunta feita por um estudo americano esta semana. Chegou-se à
conclusão que os ultrassonogramas que os doutores prescrevem
rotineiramente para mulheres grávidas saudáveis não fazem qualquer
diferença à saúde de seus bebês ".Depois que uma tecnologia se espalhou
extensamente na prática clínica, a etapa seguinte é que os
administradores da saúde pública aceitem-na como um cuidado padrão
financiado pelo setor público da saúde. Diversos países europeus têm
agora a política oficial de oferecer um ou mais ultrassons rotineiros
durante a gravidez. Por exemplo, em 1980 o programa de diretrizes para
cuidados da maternidade na Alemanha Ocidental indicou a direito de cada
mulher grávida a pelo menos duas ecografias durante a gravidez. A
Áustria seguiu rapidamente o terno, aprovando duas ecografias
rotineiras. Os dados científicos justificam o uso tão difundido e esse
enorme custo do ultrassom?QUANDO O ULTRASSOM É ÚTIL?Ao avaliar a
eficácia do ultrassom na gravidez, é essencial fazer a distinção entre
seu uso seletivo para indicações específicas e seu uso rotineiro como um
procedimento de triagem. Essencialmente, o ultrassom provou ter seu
valor em um punhado de situações específicas em que o diagnóstico
"permanece incerto depois que o histórico clínico foi verificado e o
exame físico foi executado". E ainda, ao se levar em consideração se os
benefícios compensam os custos do ultrassom usado rotineiramente, as
evidências científicas ainda não deram suporte ao uso rotineiro. Uma das
justificativas mais comuns dadas hoje para a exploração rotineira por
ultrassom é na detecção do crescimento intra-uterino retardado (CIUR).
Muitos clínicos insistem que o ultrassom é o melhor método para a
identificação desta circunstância. Em 1986, uma revisão profissional de
83 artigos científicos sobre ultrassom mostrou que "para a detecção do
crescimento intra-uterino retardado, o ultrassom deve ser executado
somente em uma população de alto risco". Em outras palavras, as mãos de
uma obstetriz ou obstetra experiente examinando o abdômem de uma mulher
grávida são tão apropriadas quanto a máquina do ultrassom para detectar o
CIUR. A mesma conclusão foi feita por um estudo na Suécia, comparando a
medição repetida do tamanho do útero por uma obstetriz com a medição
repetida através de ultrassom do tamanho da cabeça do feto em 581
gravidezes. O relatório conclui: "Medidas do tamanho do útero são mais
eficazes do que medidas ultra-sônicas para o diagnóstico pré-natal do
crescimento intra-uterino retardado". Se os médicos continuarem a tentar
detectar CIUR com ultrassom, o resultado será altas taxas de resultados
falso-positivos. Os estudos mostram que mesmo sob circunstâncias
ideais, o que não existe na maioria das vezes, é provável que mais da
metade dos resultados "positivos" para CIUR obtidos por ultrassom é
falsa, e a gravidez é de fato normal. A implicação deste fato é a
possível geração de ansiedade na mulher e o provável uso de mais
intervenções desnecessárias. Há um outro problema em se usar o ultrassom
para diagnosticar CIUR. Um dos princípios básicos dos exames deve ser
de executá-los somente para as circunstâncias nas quais você pode fazer
algo. No presente, não há qualquer tratamento para CIUR, nenhuma maneira
de retardar ou parar o processo do crescimento demasiado lento do feto e
retorná-lo ao normal. Dessa forma, é difícil ver como o ultrassom para
diagnose do CIUR poderia melhorar o resultado da gravidez.Ficamos com a
conclusão de que, em relação ao CIUR, nós somente podemos realizar
alguma prevenção através de intervenções sociais (programas de nutriçao e
de abuso de drogas), tem diagnóstico bastante impreciso, e não há
tratamento. Se este for o modelo atual, não há nenhuma justificativa
para que os médicos usem o ultrassom rotineiro durante a gravidez para o
manejo do CIUR. Seu uso deve ser limitado nas pesquisas sobre CIUR. Uma
vez mais é interessante ver o que aconteceu com a introdução da idéia
de segurança de raios X durante a gravidez. Os raios X foram usados em
mulheres grávidas por quase 50 anos e supunha-se que fossem seguros. Em
1937, um livro texto padrão para o cuidado pré-natal indicou: "tem sido
freqüentemente perguntado se a passagem de raios de X através da criança
oferece algum perigo à vida dela; pode ser dito de vez que não há
qualquer perigo se o exame for realizado por um radiologista
competente". Uma edição posterior do mesmo livro texto indicava:
"Sabe-se agora que o uso irrestrito de Raio X no feto causou o câncer
infantil ". Esta história ilustra o perigo de se presumir segurança. A
esse respeito uma afirmação de um livro-texto de 1978 é relevante: "Uma
das grandes virtudes do ultrassom diagnóstico tem sido sua aparente
segurança. Nos niveis de energia atualmente utilizados o ultrassom
diagnóstico parece não apresentar efeitos deletérios ou prejudiciais...
toda a evidência disponível sugere que é uma modalidade muito
segura".Que o ultrassom durante a gravidez não pode ser simplesmente
presumido com inofensivo, é sugerido por bons trabalhos científicos na
Noruega. Acompanhando crianças até a idade de oito ou nove anos, filhas
de mães que fizeram parte de dois estudos controlados de ultrassom
rotineiro na gravidez, eles puderam demonstrar que a ultrassonografia
rotineira estava associada com um sintoma de possíveis problemas
neurológicos.No que diz respeito à busca ativa por comprovação de
segurança, um editorial no Lancet, um jornal médico britânico, diz: "Não
houve nenhuma pesquisa controlada randomizada de extensão adequada para
se avaliar se há efeitos adversos no crescimento e desenvolvimento das
crianças expostas ao ultrassom no útero. De fato, os estudos necessários
para verificar a segurança podem nunca ser feitos, por causa da falta
do interesse em tal pesquisa ".A questão da segurança fica mais
complicada pelo problema das condições da exposição. Claramente,
qualquer bio-efeito que possa ocorrer em conseqüência doultrassom
depende da dose do ultrassom recebido pelo feto ou pela mulher. Mas não
há nenhum padrão nacional ou internacional para as características de
emissão do equipamento do ultrassom. O resultado é a situação chocante
descrita em um comentário do British Journal of Obstetrics and
Gynaecology, em que os aparelhos de ultrassom usados em mulheres
grávidas variam na potência de emissão de extremamente alta a
extremamente baixa, todas com efeito equivalente. O comentário diz que,
"se os equipamentos com as potências mais baixas demonstram ser
adequadas ao diagnóstico, como poderia alguém possivelmente justificar
expor uma paciente a uma dose 5.000 vezes maior?". A nota vai adiante ao
incitar diretrizes do governo em relação à potência dos equipamentos de
ultrassom e pedir uma legislação que obrigue os fabricantes do
equipamento a indicarem as características de emissão. Até onde se
saiba, isto ainda não foi feito em nenhum país. A segurança também é
claramente relacionada à habilidade do operador do ultrassom. No
presente, não há qualquer treinamento ou certificação conhecidos para
médicos usuários de ultrassom em qualuqer país. Em outras palavras, a
máquina do nascimento não tem qualquer teste de habilitação para seus
motoristas. VENDO ADIANTE: O ULTRASSOM E O FUTUROEmbora o ultrassom seja
caro, a avaliação rotineira por ultrassom seja de utilidade duvidosa e o
procedimento ainda não seja comprovadamente seguro, esta tecnologia é
usada extensamente, e seu uso tem crescido rapidamente e sem controle.
Não obstante, as políticas de saúde são lentamente implantadas. Nenhum
país é conhecido por ter políticas desenvolvidas no que diz respeito aos
padrões para esses equipamentos, nem pelo treinamento e certificação
dos operadores. Alguns países industrializados começam a responder aos
dados que demonstram a falta de eficácia na exploração rotineira por
ultrassom de todas as mulheres grávidas. Nos Estados Unidos, por
exemplo, uma conferência de consenso sobre imagem diagnóstica por
ultrassom na gravidez concluiu que "os dados sobre a eficácia clínica e a
segurança não permitem a recomendação do ultrassom rotineiro por
enquanto; há a necessidade de experimentações clínicas
multidisciplinares controladas e randomizadas para uma avaliação
adequada ".A Dinamarca, Suécia, e o Reino Unido fizeram semelhantes
declarações contra o uso rotineiro do ultrassom. A Organização Mundial
da Saúde (OMS), numa tentativa de estimular governos para desenvolver
uma política nesta questão, publicou a seguinte declaração:"A
Organização Mundial da Saúde salienta que as tecnologias ligadas à saúde
deveriam ser avaliadas com profundidade antes de terem seu uso
extensamente difundido. O exame por ultrassom durante a gravidez tem
atualmente seu uso difundido sem avaliação suficiente. A pesquisa
demonstrou sua eficácia para determinadas complicações da gravidez, mas o
material publicado não justifica o uso rotineiro do ultrassom em
mulheres grávidas. Há também informação insuficiente no que diz respeito
à segurança do uso do ultrassom durante a gravidez. Ainda não há também
qualquer avaliação detalhada, multidisciplinar do uso do ultrassom
durante a gravidez, incluindo: eficácia clínica, efeitos psicológicos,
considerações éticas, implicações legais, relação custo- benefício e
segurança.A OMS endossa fortemente o princípio de escolha consciente no
que diz respeito ao uso da tecnologia. Os agentes de saúde têm a
responsabilidade moral: de informar inteiramente o público sobre o que é
sabido e não sabido sobre os exames de ultrassom durante a gravidez; e
de informar inteiramente cada mulher antes de um exame de ultrassom e na
indicação clínica do ultrassom, sobre os benefícios esperados, os
riscos potenciais e as alternativas disponíveis, se houver." Esta
declaração, infelizmente, é da mesma forma relevante hoje. Durante os
anos 80 e o início dos anos 90, alguns de nós levantavam perguntas sobre
a eficácia e a segurança do ultrassom fetal. Nossa voz de precaução,
entretanto, era como um grito na selva enquanto a tecnologia
proliferava. Então, durante um mês no final de 1993, dois trabalhos
científicos marcantes foram publicados.O primeiro trabalho, um
experimento randômico sobre a eficácia do exame rotineiro por ultrassom,
estudou o resultado em mais de 15.000 mulheres grávidas que: ou
receberam duas ecografia rotineiras na 15ª a 22ª semana e 31ª a 35ª
semana, ou fizeram o exame somente por indicações médicas. Os resultados
mostraram que o número médio dos ultrassonogramas no grupo do ultrassom
era 2,2 e no grupo de controle (para a indicação somente) era 0,6. A
taxa do resultado adverso (morte fetal, morte neonatal, morbidade
neonatal), bem como a taxa da nascimento prematuro e a distribuição de
peso dos recém nascidos, foi o mesmo para ambos os grupos. Além disso,
nas palavras do autor: "A detecção ultra-sônica de anormalidades
congênitas não tem nenhum efeito no resultado perinatal". Finalmente nós
temos um experimento clínico randômico de tamanho suficiente para
concluir que não há valor na avaliação rotineira por ultrassom durante a
gravidez.O segundo trabalho marcante, também uma pesquisa randomizada
controlada, analisava a segurança dos exames de ultrassons pré-natais
repetidos. Enquanto a finalidade original do experimento era
desejosamente demonstrar a segurança do ultrassom repetida, os
resultados foram opostos. De 2.834 mulheres grávidas, 1.415 fizeram os
exames de ultrassom nas 18ª, 24ª, 28ª, 34ª e 38ª semanas gestacionais
(grupo intensivo), enquanto as outras 1.419 fizeram um único ultrassom
na 18ª semana (grupo regular). A única diferença entre os dois grupos
foi (um terço mais) um aumento significativo (1/3 a mais) de retardo do
crescimento intra-uterino no grupo intensivo. Esta descoberta séria e
importante alertou os autores para declararem: "Parece prudente limitar
as avaliações fetais por ultrassom aos casos nos quais a informação
tenha uma importância clínica provável". Ironicamnte, é provável agora
que o ultrassom possa conduzir à condição de CIUR, para cuja detecção o
seu uso tem sido justificado.Embora nós tenhamos agora os dados
científicos suficientes para poder dizer que a exploração prenatal
rotineira por ultrassom não tem nenhuma eficácia e pode muito bem ter
riscos, seria ingênuo pensar que seu uso rotineiro não
continuará.Infelizmente, os médicos são estão sendo adequadamente
treinados nos princípios do método científico. Será uma luta preencher a
lacuna entre estes dados científicos novos e prática clínica.MARSDEN
WAGNERMarsden Wagner concluiu seu treinamento médico na Universidade da
Califórnia. Depois da especialização e da prática como pediatra e
neonatologista, ele completou mais dois anos de pós graduação na UCLA em
ciência da medicina e saúde pública antes de embarcar em uma carreira
como um epidemiologista perinatal nos Estados Unidos e Dinamarca.
Durante 15 anos como Responsible Office for Maternal and Child Health
for the European office of OMS (que representa 32 países), trabalhou
incansavelmente para promover o cuidado perinatal seguro e eficaz em
países industrializados. Continua a viver na Dinamarca, onde trabalha
como um consultor para a OMS, UNICEF, para o governo e organizações não
govermentaais.Extraído e adaptado de: Pursuing the Birth Machine: The
Search for Appropriate Birth Technology, copyright 1994 Marsden Wagner,
publicado por ACE Graphics. NOTAS1. A, Oakley, The Captured Womb
(Oxford, England: Blackwell Publishing, 1984).2. B. Beech and J.
Robinson, "Ultrassom? Unsound?" Association for the Improvement in
Maternity Services Journal 5 (1993), pp. 3-26.3. J. Newnham, in a
personal correspondence (1992).4. "Diagnosstic Ultrassom in Pregnancy,"
Lancet (28 Jul 1984), pp. 201-202.5. J. Neilson and A. Grant, Ultrassom
in Pregnancy," in I. Chalmers, M. Enkin, and M. Kerse, eds., Effectice
Care in Pregnancy and Childbirth (Oxford, England: Oxford University
Press, 1991), p.435.6. Ibid., p.424.7. J. Cnattingius, "Screening for
Intrauterine Growth Retardation" (PhD diss., Uppsala University, Sweden,
1984).8. R. Salmond, "The Uses and Values of Radiology in Obstetrics,"
in F. Browne, ed., Antenatal and Postnatal Care, 2nd ed. (London: J.
& A. Churchill, 1937).9. J. Chassar Moir, "The Uses and Values of
Radiology in Obstetrics," in F. Browne, ed., Antenatal and Postnatal
Care 9th ed. (London: J. & A, Churchill, 1960).10. S. Hassani,
Ultrassom in Gynecology and Obstetrics (New York: Springer Verlag,
1978).11. K. Salveson, L. Vatten, S. Eiknes, K. Hughdahl, and L.
Bakketeig, "Routine Ultrasonography in Utero and Subsequent Handedness
and Neurological Development", British Medical Journal 307 (1993), pp.
159-169.12. See Note 4. p.202.13. "Diagnostic Ultrassom Imaging in
Pregnancy," Consensus Development Conference Statement 5, no. 1
(Washington, DC: National Institute of Health,1984).14. See Note 4.15.
"Diagnostic Ultrassom in Pregnancy: WHO View on Routine Screening,"
Lancet 2 (1984), p. 361.16. See Note 2.17. B. G. Ewigman, J.P. Crane, D.
Frederick, F.D. Frigoletto, M. L. LeFevre, R.P. Bain, D. McNellis, and
RADIUS study group, "Effect of Prenatal Ultrassom Screening on Perinatal
Outcome", New England Journal of Medicine 329, no.12 (1993), pp.
821-827.18. J. Newnham, S. F. Evans, C. A. Michael, F. J. Stanley, and
L. I. Landau, "Effects of Frequent Ultrassom During Pregnancy: A
Randomised Controlled Trial", Lancet 342 (1993), pp. 887-891.19. Ibid.,
p.890.Para mais informações sobre ultrassom e assuntos relacionados,
veja os seguintes artigos nos volumes da revista Mothering: "Diagnostic
Ultrassom," no. 19, p. 57; "Ultrassom," no. 24 , p. 27; "How Sound is
Ultrassom?" no. 34, p. 73; "The Trouble with Ultrassom" no. 57, p. 73.
Traduzido por Amigas do Parto e publicado sob licença do autorDr.
Marsden WagnerMédico Pediatra e Neonatologista, DinamarcaPrincipais usos
do ultra-som Obstetrícia e Ginecologia Medição do tamanho do feto para
determinar a data prevista para o parto; Determinação da posição do
feto para ver se ele está na posição normal de cabeça para baixo ou com
apresentação pélvica; Verificação da posição da placenta para ver se
ela está se desenvolvendo de modo impróprio sobre a abertura do útero
(cérvix); Ver o número de fetos no útero; Verificar o sexo do bebê (se
a área genital puder ser vista claramente); Verificar a taxa de
crescimento do feto por meio de várias medições ao longo do tempo;
Detectar a gravidez ectópica, situação de risco de morte na qual o bebê
está implantado na trompa de Falópio em vez de estar no útero;
Determinar se há uma quantidade apropriada de fluido amniótico
amortecendo o bebê; Monitorar o bebê durante procedimentos
especializados: o ultra-som tem sido útil para ver e evitar atingir o
bebê durante a amniocentese (coleta de amostra do fluido amniótico com
uma agulha para testes genéticos). No passado, os médicos costumavam
efetuar esse procedimento às cegas. Entretanto, com o acompanhamento por
meio do ultra-som, os riscos do procedimento diminuíram drasticamente;
ver tumores do ovário e seios. Perigos do ultra-somTem havido muitas
preocupações a respeito da segurança do ultra-som. Como ele é energia, a
questão é "o que essa energia está fazendo com meus tecidos ou meu
bebê"? Houve alguns relatos de partos de bebês prematuros de mães que
haviam feito exames freqüentes de ultra-som durante a gravidez. Os dois
maiores riscos com o ultra-som são os seguintes: desenvolvimento de
calor - os tecidos ou a água absorvem a energia do ultra-som, o que
aumenta sua temperatura; formação de bolhas (cavitação) - quando gases
dissolvidos saem de uma solução em razão do calor local causado pelo
ultra-som. Entretanto, não há relatos de efeitos adversos confirmados e
documentados em estudos quanto ao ultra-som, seja em pessoas ou animais.
Dito isso, o ultra-som deveria ser usado somente quando necessário, ou
seja, é melhor ser cauteloso.Rotina pré-natal de ultra-som tem sido um
tema de controvérsia por algum tempo. Apesar de numerosos estudos
levantaram dúvidas sobre perigos potenciais embriões humanos e fetos,
obstetras continuam a utilizar ultra-sonografias rotina para fins de
triagem em cada vez maior frequência. Eu tive novos clientes que se
perguntou por que eu não estava fazendo um ultra-som em cada visita,
como fez seu último provedor. Em 1982, a Organização Mundial da saúde
declarou: "estudos animais sugerem que alterações neurológicas,
comportamentais, desenvolvimento, imunológicas, hematológicas e reduzido
peso fetal podem resultar da exposição a ultra-som". ¹ Em 1997, em um
estudo intitulado a sensibilidade dos tecidos biológicos de ultra-sons,
Barnett et al. escreveu:"Tecidos mamíferos têm diferentes sensibilidades
de danos por agentes físicos, como ultrasom. Este artigo avalia os
dados científicos em termos de mecanismos conhecidos físicos da
interação e do impacto nos tecidos pré e pós-natais. Células divisão
ativa o sistema nervoso central embrionária e fetal são mais facilmente
perturbadas. Como um envelopes de feixe de ultra-som diagnóstico um
pequeno volume de tecido, é possível que os efeitos de leve perturbação
podem não ser detectados trate de grandes vias neurais. Há evidências
que ultra-som pode ser detectado pelo sistema nervoso central; no
entanto, isso não implica necessariamente que o bioeffect é perigoso
para o feto. Temperatura biologicamente significativos aumentos podem
ocorrer em ou perto de osso no feto desde o segundo trimestre, se o
feixe realiza-se parado por mais de 30 s em alguns pulsado aplicativos
Doppler. Desta forma, órgãos sensoriais que são encerrados em osso [como
o cérebro] podem ser suscetíveis ao aquecimento por condução.
Relatórios de animais e seres humanos de crescimento retardado e
desenvolvimento seguintes riscos freqüentes de ultrasom diagnóstico, na
ausência de significativo Aquecimento, são difíceis de explicar do atual
conhecimento dos mecanismos de ultra-som. Não há nenhuma evidência de
efeitos de cavitação ocorrendo nos tecidos moles do feto quando expostos
ao ultra-som diagnóstico; no entanto, existe a possibilidade de que
esses efeitos podem ser reforçados através da introdução de agentes de
eco-contraste". (Ênfase e comentários na mina de colchetes).² outras
organizações proeminentes adicionou suas palavras de cautela:Instituto
americano de Ultrasound em medicina (AIUM): "The AIUM defende o uso
responsável de ultra-som diagnóstico. O AIUM desestimula fortemente o
uso de nãomédicos de ultra-som para psico-social ou para fins de
entretenimento. O uso de qualquer bidimensionais (2D) ou tridimensional
(3D) Ultra-som para exibir apenas o feto, obter uma imagem do feto ou
determinar o sexo fetal sem indicação médica é inadequada e contrária à
prática médica responsável. Embora não haja nenhuma efeitos biológicos
confirmados em pacientes causados por exposição das actuais instrumentos
de diagnóstico ultra-som, existe a possibilidade de que tais efeitos
biológicos podem ser identificados no futuro. Assim, ultrasom deve ser
usado de forma prudente para fornecer benefícios médicos para o
paciente."Comité Europeu de ultra-sons médico: "O período embrionário é
conhecido por ser particularmente sensíveis a influências externas. Até
que novas informações científicas estão disponíveis, inquéritos devem
ser efectuados com controlo cuidadoso de níveis de saída e tempos de
exposição. Com a crescente mineralização óssea fetal como o feto se
desenvolve, a possibilidade de aquecimento fetal óssea aumenta. O
usuário deve prudentemente limitar a exposição de estruturas críticas
como o crânio fetal ou espinha durante estudos Doppler (um tipo de
ultra-som que detecta o movimento, direção e velocidade, como o
batimento cardíaco fetal)."A Food and Drug Administration (FDA): "Apesar
de ultra-som tem sido em torno de muitos anos, expectantes mulheres e
suas famílias precisam saber que os efeitos a longo prazo de ultra-som
repetidas exposições sobre o feto não são totalmente conhecidos." Muitos
dos estudos existentes em matéria de segurança de ultra-som são anos ou
mesmo décadas antigos e foram feitos nos primeiros dias de
ultra-sonografia obstétrica, quando a saída do equipamento era muito
menor do que é agora. Isto levanta dúvidas quanto à validade atual dos
estudos antigos que determinado celebrado ultra-som é seguro. Em 1993, o
FDA aprovou um aumento na saída acústica do equipamento de ultra-som, a
oito vezes maior do que anteriormente tinha sido aprovado. Isso
aumentou o potencial de aquecimento térmico dos tecidos fetais
delicados. Alguns pesquisadores têm especulado se o rápido aumento de
autismo em crianças visto nos últimos anos pode ser associado com o
aumento da produção de ultra-som e frequência da rotina
ultra-sonografias pré-natais. Como ultra-som tornou-se mais sofisticado,
seu uso também tornou mais freqüente. Muitas mulheres terá vários
ultrasonografias em toda a sua gravidez: identificar datas exatamente,
para confirmar a viabilidade, para determinar o sexo fetal, examinar
nuchal translucency (às vezes associado com síndrome de Down), para
confirmar normais de crescimento fetal, para avaliar os níveis de
fluidos amniotic, para verificar a função placentária e muitas razões
adicionais. Embora muitas destas razões são válidos usos de ultra-som,
eu acredito que muitas vezes nós recorrer ao uso de ultra-som demasiado
depressa, de medo de litígio se algo correr mal, ao invés de uma
verdadeira crença de que é necessário para a avaliação do feto em um
determinado momento. Refinamentos adicionais de ultra-som, como o
Doppler ultra-som, que pode ser usada para estudar o fluxo de sangue ou
monitorar a freqüência cardíaca, não se revelaram ser um benefício para
as mulheres. O banco de dados da Cochrane relatórios, "rotina Doppler
ultra-som na gravidez não tem benefícios para a saúde das mulheres ou
dos bebês e pode fazer algum mal." ³ Outras, um grande randomized
controlled trial de mais de 15000 mulheres concluiu que
"ultra-sonografia de triagem não melhorar resultado perinatal em
comparação com a utilização selectiva de ultra-sonografia de julgamento
clínico". 4Para uma excelente compilação e discussão de rotina pré-natal
ultrasound riscos e benefícios, leia os riscos de pesagem: o que você
deve saber sobre pré-natal Ultrasound, por Sarah Buckley. Dica de senso
comum de hoje: com tantas informações conflitantes na rotina
ultra-sonografias pré-natais, gastar tempo pesando cuidadosamente as
provas dos danos potenciais. Considere se o ultra-som que seu provedor
deseja agendar é realmente necessário. Perguntar-lhe: você suspeitar de
um problema? Se não, pode adiar um ultrasom, enquanto não há sinais de
uma anomalia? Se uma anormalidade suspeita, a menos que haja uma
verdadeira situação de emergência, considere a possibilidade de pedir
seu provedor para esperar um par de semanas e reavaliar sua situação
antes de decidir para solicitar um ultra-som. Por último, evite precoce
ultra-som com sonda vaginal. Isso coloca a saída por ultra-som muito
mais para os tecidos fetais e numa fase inicial de desenvolvimento.
Enquanto não cientificamente provado para ser um risco mais elevado, a
abordagem de senso comum seria evitar ultra-som durante o período mais
crítico do desenvolvimento fetal. Se você não tiver certeza de datas, e
você e seu provedor se sentir que você deve obter um ultra-som para
determinar datas, um exame posterior (antes de 20 semanas) é ainda muito
preciso para datar fins.
1. World Health Organization. International programme on chemical safety.Environmental health criteria 22: ultrasound. 1982.2. Barnett SB, et al. The sensitivity of biological tissue to ultrasound. Ultrasound in Medicine and Biology, Volume 23, Issue 6, Pages 805-812. 1997.3. Bricker, L., and J.P. Neilson. 2006. “Routine Doppler ultrasound in pregnancy.” The Cochrane Collaboration 3. Retrieved 12/24/2009 from www.cochrane.org/reviews/en/ab001450.html4. Ewigman BG. Effect of prenatal ultrasound screening on perinatal outcome. New England Journal of Medicine, Volume 329:821-827. Retrieved 12/24/2009 from http://content.nejm.org/cgi/content/short/329/12/821
1. World Health Organization. International programme on chemical safety.Environmental health criteria 22: ultrasound. 1982.2. Barnett SB, et al. The sensitivity of biological tissue to ultrasound. Ultrasound in Medicine and Biology, Volume 23, Issue 6, Pages 805-812. 1997.3. Bricker, L., and J.P. Neilson. 2006. “Routine Doppler ultrasound in pregnancy.” The Cochrane Collaboration 3. Retrieved 12/24/2009 from www.cochrane.org/reviews/en/ab001450.html4. Ewigman BG. Effect of prenatal ultrasound screening on perinatal outcome. New England Journal of Medicine, Volume 329:821-827. Retrieved 12/24/2009 from http://content.nejm.org/cgi/content/short/329/12/821
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