domingo, 6 de março de 2016

Alergia a Proteina de Leite de Vaca (APLV)


Nosso pais é campeão em cesariana (principalmente prematuridade) e introducao de Leite em formula ja no berçário. Pois bem, quando isso ocorre, o que podemos esperar dessa bomba de problemas? Uma alergia a proteína de leite de vaca. Calma, não se desespere, saiba que você não é a unica e nem será a ultima a sofrer com isso.
Vamos entender :



Alergia alimentar (AA) é a reação anormal do sistema de defesa do organismo às proteínas dos alimentos. Proteína é um tipo de nutriente presente em quase todos os alimentos e indispensável ao organismo, pois após sua absorção será utilizada para a produção de enzimas, hormônios, tecidos, músculos, outras proteínas presentes no sangue, etc. Elas são moléculas grandes constituídas por um conjunto de aminoácidos ligados entre si, como um colar de pérolas (Figura 1). Essas moléculas possuem algumas regiões chamadas de epítopos, formada pela ligação de alguns aminoácidos. Esses epítopos são as regiões mais alergênicas das proteínas alimentares, ou seja, os principais locais que o sistema imunológico reconhece a proteína como “inimigo”. Após consumir um alimento, as enzimas digestivas presentes no estômago e no intestino irão digerir suas proteínas em porções muito pequenas, com um, dois ou três aminoácidos para que possam ser absorvidas e chegar à corrente sanguínea.
Figura 1: Digestão da proteína
Digestão da proteína
Os aminoácidos livres não causam alergia, pois o epítopo é formado pelo conjunto de aminoácidos ligados entre si. Muitos indivíduos podem absorver um epítopo, sem que a proteína seja completamente digerida, mas o organismo desenvolve tolerância e não reage a elas.
Porém, se a pessoa com predisposição genética a alergias absorver um epítopo de uma proteína alergênica seu sistema de defesa irá reconhecê-lo e produzirá anticorpos IgE específicos e/ou células inflamatórias que acarretarão em reações alérgicas.
Os oito alimentos mais alergênicos são: leite de vaca, soja, ovo, trigo, peixe, frutos do mar, amendoim e castanhas.

-iNTOLERÂNCIA OU ALERGIA?


APLV não é o mesmo que intolerância à lactose
A APLV é diferente da intolerância à lactose e o seu tratamento também (quadro 1).
A alergia é uma reação do sistema de defesa do organismo às proteínas, proteínas dos alimentos, de ácaros, de pólen, de pelo de animais, etc. Portanto, a APLV é uma reação às proteínas do leite (ex: caseína, alfa-lactoalbumina, beta-lactoglobulina).
A intolerância é decorrente da dificuldade do organismo em digerir à lactose, açúcar do leite, devido à diminuição ou da ausência de lactase, enzima que a digere.
Digestão de lactose
A expressão “alergia à lactose” é errada e não existe, pois a alergia é uma reação à proteína e a lactose é um açúcar.
Quadro Diferença entre IL e APLV
APLVIntolerância à Lactose
O que éReação do sistema imunológico à(s)proteína(s) do leite de vacaDificuldade do organismo em digerir e absorver o açúcar do leite (lactose)devido à diminuição ou ausência de lactase (enzima que digere a lactose).
Em que idade é mais comum?Muito mais comum em crianças, especialmente em bebês. Adultos raramente têm alergia à proteína do leite de vaca.É mais comum em adultos e idososdo que em crianças. Também pode ser uma consequência, às vezes temporária, em casos de diarreia prolongada ou doenças inflamatórias intestinais.
Quais os sinais e sintomas?Um ou mais dos seguintes sintomas: digestivos (vômitos, cólicas, diarreia, dor abdominal, prisão de ventre, presença de sangue nas fezes, refluxo, etc.), cutâneos (urticária, dermatite atópica de moderada a grave), respiratórios (asma, chiado no peito e rinite), reação anafilática, baixo ganho de peso e crescimento. Podem ocorrer em minutos, horas ou dias após a ingestão de leite de vaca ou derivados, de forma persistente ou repetitiva.Apenas intestinais: Diarreia, cólicas, gases, distensão abdominal (barriga estufada). Podem ocorrer em minutos ou horas após a ingestão do leite de vaca.
Como é feito o diagnóstico?Pelo médico. Inicia-se pela história clínica, associando os sintomas à ingestão do alimento suspeito. Alguns exames podem ajudar, mas o diagnóstico é confirmado apenas quando há remissão dos sintomas durante a dieta isenta das proteínas do leite e retorno após o Teste de Provocação Oral. Esse teste consiste em reintroduzir o leite em pequenas e progressivas doses e deve ser realizado na presença do médico.Pelo médico, por meio da observação dos sintomas associado à ingestão do alimento com lactose. Em alguns casos são solicitados exames específicos.
A mãe pode continuar amamentando o filho no peito?SIM, e DEVE. Neste caso, a mãe que amamenta deve seguir uma dieta especial isenta de leite, derivados e alimentos que possuem as proteínas do leite, sempre sob a orientação de um médico e/ou nutricionista.SIM. O leite materno deve ser sempre o principal alimento oferecido ao bebê. É muito raro ocorrer intolerância à lactose durante o aleitamento materno, pois apesar do leite materno ser rico em lactose ele possui agentes facilitadores que auxiliam sua digestão.
Se o bebê não estiver mais mamando no peito, é preciso que ele siga alguma dieta especial?SIM. É necessário retirar o leite de vaca e seus derivados da dieta, além de todos os alimentos preparados com as proteínas do leite. ATENÇÃO aos alimentos industrializados, que podem conter leite ou ingredientes derivados (como, por exemplo, caseína, caseinato, soro do leite ou proteínas do soro).SIM, mas o tratamento da IL é dose-dependente, ou seja, o aparecimento dos sintomas depende da quantidade de lactose ingerida. Não é necessário fazer a exclusão total de leite e derivados na dieta, apenas definir quanto o indivíduo consegue tolerar. Algumas pessoas conseguem consumir derivados de leite sem apresentar sintomas, uma vez que eles possuem menos lactose que o leite.
Bebês não amamentados precisam de algum leite ou fórmula especial?SIM, O médico e/ou nutricionista irão indicar a fórmula mais adequada de acordo com a idade e o tipo de reação que a criança apresenta (veja o material comparativo entre as fórmulas no site).ATENÇÃO – leite de cabra ou de outros mamíferos (ovelha, búfala) não são indicados para APLV, pois suas proteínas são semelhantes às do leite de vaca e podem causar as mesmas reações na criança.SIM. Crianças de 0 a 2 anos podem utilizar fórmulas especiais isentas de lactose. Acima de 2 anos os produtos com baixo teor de lactose são bem tolerados.
A dieta da criança com APLV deve ser isenta de alimentos que possuem as proteínas do leite.
É importante diferenciar a APLV da IL e dissociar a expressão “lactose” do tratamento da APLV, pois alguns alimentos sem lactose possuem as proteínas do leite e não podem ser consumidos por crianças com APLV (ex: leite sem lactose, e alguns alimentos industrializados como exemplificado na figura 1).
Esse chocolate da Nestlé é realmente isento de lactose (açúcar do leite). Porém, por conter gordura anidra do leite (gordura do leite isenta de água) pode conter proteínas do leite. Assim como a manteiga clarificada (Ghee), não é possível remover toda proteína ao extrair a gordura do leite. Portanto, existe o risco de conter proteínas do leite nesses ingredientes e eles devem ser evitados.
Em contrapartida, o chocolate sem lactose da Cacau Show (por exemplo) não possui nenhum ingrediente com proteínas do leite e não é preparado no mesmo maquinário que outros que possuem leite. Portanto, ele não contém lactose e proteínas do leite. Por essa razão, pode ser consumido por crianças com APLV.
Chocolate

Atenção: mesmo que o alimento seja isento ou 0% lactose é preciso ler o rótulo e checar se ele é isento de ingredientes que contêm as proteínas do leite.

Zero Açúcares, 0% lactose, 50% de cacau, apenas 94kcal. Sua dose diária do delicioso chocolate NESTLÉ®.
Ingredientes: Cacau, polidextose (fibra alimentar), gordura anidra de leite, edulcorantes natural maltitol e artificial sucralose, emulsificantes ricinoleato de glicerila e lecitina de soja, aromatizante. Contém Glúten. Contém traços de amendoim.

- QUAIS SÃO AS POSSÍVEIS CAUSAS ASSOCIADAS À APLV?


As reações alérgicas às proteínas do leite de vaca podem ser dividas em: mediadas por IgE, não mediadas IgE ou mistas.
Veja no quadro abaixo qual é o tipo de reação que seu filho apresenta. Na dúvida, converse com seu médico.

Sinais e sintomas sugestivos de APLV

Tipo de ReaçãoCaracterísticasDefiniçãoSinais e sintomas
IgE MediadaReações Imediatas.
Aparecem de segundos até 2 horas após a ingestão do leite.
São denominadas desta forma, pois o organismo produz anticorpos específicos do tipo IgE (Imunoglubulinas E) para as proteínas do leite de vaca as quais a criança é alérgica (caseína, alfa-lactoalbumina e/ou beta-lactoglobulina são as principais). São reações tipicamente mais persistentes com o passar dos anos e geralmente mais graves.
  • Urticária (placas vermelhas disseminadas, geralmente com coceira associada),
  • Angioedema (inchaço dos lábios e dos olhos);
  • Vômitos em jato e/ou diarreia após a ingestão do leite;
  • Anafilaxia
  • Choque anafilático
  • Chiado no peito e respiração difícil.
IgE não mediadaReações Tardias.
Podem aparecer horas ou dias após a ingestão do leite.
Também denominadas mediadas por células, são as reações em que o organismo não produz anticorpos IgE específicos. Nestes casos a reação é desencadeada por outras células. O grande diferencial deste tipo de reação clínica é que os sintomas são tardios, podendo aparecer horas ou dias após a ingestão do leite.OBS: Não é possível diagnosticar esse tipo de alergia a partir dos exames de sangue para determinação de IgE sérica específica (ImmunoCap®/ RAST), nem pelo teste cutâneo de hipersensibilidade imediata (TC), conhecido como “prick test” ou “prick to prick”, uma vez que estes exames identificam apenas os anticorpos IgE.Crianças com esse tipo de reação normalmente desenvolvem tolerância ao leite antes que as demais.
  • Vômitos tardios;
  • Diarreia com ou sem muco e sangue;
  • Sangue nas fezes
  • Cólicas e irritabilidade;
  • Intestino preso;
  • Baixo ganho de peso e crescimento
  • Inflamação do intestino
  • Assadura e/ou fissura perianal
MistasPodem surgir reações imediatas e tardias após a ingestão do leiteAlgumas crianças podem apresentar os dois tipos, denominadas como manifestações mistas. Nestes casos, podem surgir sintomas imediatos e tardios à ingestão do leite.
  • Dermatite atópica moderada a grave (descamação e ressecamento da pele, com ou sem formação de feridas).
  • Asma
  • Refluxo
  • Inflamação do esôfago (esofagite eosinofílica)
  • Inflamação do estômago
  • (gastrite eosinofílica)
  • Diarreia, vômito e dor abdominal
  • Baixo ganho de peso e crescimento
O tipo reação que a criança com APLV apresenta determina os exames que deverão ser solicitados, o especialista a ser consultado e tratamento.
Reações mediadas por IgE ou Imediatas.
São denominadas desta forma, pois o organismo produz anticorpos específicos do tipo IgE (Imunoglubulinas E) para as proteínas do leite de vaca as quais a criança é alérgica (caseína, alfa-lactoalbumina e/ou beta-lactoglobulina são as principais). São reações tipicamente mais persistentes com o passar dos anos e geralmente mais graves.
Nesse tipo de reação os sintomas aparecem de segundos até 2 horas após a ingestão do leite e a criança normalmente apresenta: urticária (placas vermelhas disseminadas, geralmente com coceira associada), Angioedema (inchaço dos lábios e dos olhos);vômitos em jato e/ou diarreia após a ingestão do leite; anafilaxia, choque anafilático, chiado no peito e respiração difícil.
Como nesse tipo de reação há liberação de IgE, os testes alérgicos que medem a presença de IgE específica para os alimentos no sangue (RAST, ImmunoCap) e na pele (prick test) podem ser solicitados para auxiliar na investigação diagnóstica. Porém, os exames não concluem o diagnóstico sozinhos e precisam ser analisados junto com a história clínica e a resposta à dieta. O especialista nessa área é alergista ou alergologista.
Reações não mediadas por IgE ou tardias.
Também denominadas mediadas por células, são as reações em que o organismo não produz anticorpos IgE específicos. Nestes casos a reação é desencadeada por outras células. O grande diferencial deste tipo de reação clínica é que os sintomas são tardios, podendo aparecer horas ou dias após a ingestão do leite.
Crianças com esse tipo de reação normalmente desenvolvem tolerância ao leite antes que as demais.
Os sintomas apresentados são: vômitos tardios; diarreia com ou sem muco e sangue; sangue nas fezes, cólicas e irritabilidade; intestino preso; baixo ganho de peso e crescimento, inflamação do intestino, assadura e/ou fissura perianal.
Não é possível diagnosticar esse tipo de alergia a partir dos exames de sangue para determinação de IgE sérica específica (ImmunoCap®/ RAST), nem pelo teste cutâneo de hipersensibilidade imediata (TC), conhecido como “prick test” ou “prick to prick”, uma vez que estes exames identificam apenas os anticorpos IgE.
O diagnóstico nesse caso deve ser investigado com base na história clínica, na dieta isenta dos alimentos suspeitos seguida do teste de provocação oral.
Como os sintomas não mediados por IgE são digestivos, o especialista nesse caso é o gastropediatra.
Reações Mistas
Algumas crianças podem apresentar os dois tipos de reações, denominadas como manifestações mistas. Nestes casos, podem surgir sintomas imediatos e tardios à ingestão do leite.
Os sintomas mais comuns nesse caso são: dermatite atópica moderada a grave (descamação e ressecamento da pele, com ou sem formação de feridas), asma, refluxo, inflamação do esôfago (esofagite eosinofílica), inflamação do estômago (gastrite eosinofílica), diarréia, vômito e dor abdominal, baixo ganho de peso e crescimento.
Em casos de dermatite atópica e asma os testes alérgicos podem auxiliar no diagnóstico e o especialista é o alergista.
Porém, se a criança apresentar sintomas que envolvem o trato digestório (refluxo, diarréia, esofagite eosinofílica, etc) o ideal é consultar um gastropediatra. Nesses casos os testes alérgicos normalmente não auxiliam no diagnóstico e a investigação diagnóstica deve ser semelhante às reações não mediadas por IgE.
Hipótese da higiene: essa hipótese tem sido considerada uma das possíveis causas do aumento das alergias alimentares, pois os hábitos de limpeza, as vacinas e os antibióticos tornam as pessoas menos expostas a infecções, acarretando alterações no sistema de defesa e aumentando as chances de desenvolver alergias.
Exposição precoce às proteínas do leite: ao nascer, o intestino e o sistema de defesa do bebê ainda estão terminando de se formar, ou seja, “aprendendo” a fazer a digestão dos alimentos e a defender o organismo contra substâncias nocivas.
O alimento ideal para os bebês é o leite materno, pois é nutricionalmente completo e rico em enzimas e anticorpos que o bebê ainda não consegue produzir sozinho. Além disso, pequenas quantidades das proteínas que a mãe consome passam para o leite materno, possibilitando o contato do bebê com os alimentos que consumirá no futuro, o que favorece o desenvolvimento da tolerância aos alimentos.
A oferta precoce de leite de vaca para bebês, principalmente nos primeiros dias de vida, aumenta as chances de a criança desenvolver APLV, pois os órgãos do trato digestório ainda não estão prontos e a criança poderá ter dificuldade em digeri-lo, absorvendo suas proteínas inteiras, antes de serem digeridas até peptídeos e aminoácidos.
O sistema de defesa do bebê, que também está em fase de maturação, pode confundir a proteína do leite de vaca com algo nocivo e começar a reagir, desencadeando a alergia.
Outras hipóteses: Alguns profissionais têm suspeitado que a transgenia e a globalização possam ter contribuído para o aumento no número de crianças com alergia alimentar, uma vez que ambas possibilitaram o consumo de alimentos com proteínas diferentes às comumente consumidas por determinada população. Mas não existem estudos científicos que confirmem essa hipótese até o momento.
Contudo, a melhor forma de prevenir a APLV é garantir o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida e evitar a introdução precoce de leite ou fórmulas à base de proteína do leite de vaca.

- APLV É COMUM?

A APLV é uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite, principalmente às proteínas do coalho (caseína) e às proteínas do soro (alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina).
A ocorrência de alergia alimentar vem aumentando no mundo como um todo.
Estima-se que a prevalência de alergias alimentares em geral seja em torno de 6% em crianças menores de 3 anos e 3,5% em adultos. Mas esses números estão aumentando.
A alergia à proteína do leite de vaca é o tipo de alergia alimentar mais comum na infância. De acordo com a Sociedade Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN, 2012):
- 1 a 17% das crianças menores de 3 anos possuem sintomas sugestivos de APLV
- 2 a 3% das crianças < 3 anos têm APLV
- 0,5% em bebês amamentados exclusivamente possuem APLV
- < 1% das crianças > 6 anos possuem APLV

- COMO SUSPEITAR SE SEU FILHO TEM APLV?

Se o seu filho apresentar um ou mais dos sintomas descritos no quadro abaixo é preciso conversar com seu médico para que ele possa investigar APLV.

SintomasSinais e sintomas
Digestivos
  • Dificuldade para engolir
  • Impactação  alimentar (sensação de alimento parado na garganta)
  • Dificuldade de digestão
  • Falta de apetite, recusa alimentar
  • Saciedade com pouca quantidade de alimento.
  • Regurgitação (golfos) frequente
  • Vômitos
  • Cólicas intensas
  • Diarreia com ou sem perda de proteínas, sangue ou muco**
  • Intestino preso
  • Sangue nas fezes
  • Assadura na região anal
Respiratórios
  • Coriza, obstrução nasal, chiado, respiração difícil e tosse (todos não associados a infecções)
Cutâneos (de pele)
  • Urticária (placas vermelhas na pele), sem relato de infecção, ingestão de medicamentos, ou outras causas.
  • Eczema atópico ou dermatite atópica (ressecamento e descamação da pele, com ou sem a presença de feridas ou secreção)
  • Coceira na pele
  • Angioedema
  • Inchaço de lábios e/ou pálpebras
Gerais
  • Baixo ganho de peso, crescimento e desenvolvimento
  • Anafilaxia
  • Síndrome da enterocolite causada por proteína alimentar (choque com acidose metabólica grave, vômitos, diarreia).
É válido ressaltar que esses sintomas também podem ser fisiológicos ou estar associados a outras causas. Portanto, o fato da criança apresentá-los não caracteriza imediatamente APLV.
Estima-se que 1 a 17% das crianças menores de 3 anos apresentam sintomas sugestivos de APLV. Porém, ao realizar a investigação diagnóstica de forma correta apenas 2 a 3% dessas crianças são realmente alérgicas ao leite. Portanto, na vigência dos sintomas citados é preciso conversar com o médico da criança ou procurar um especialista (alergista ou gastropediatra) para que ele possa investigar e considerar a hipótese de APLV.

- TRATAMENTO DA ALERGIA ALIMENTAR

Tratamento da Alergia Alimentar

A dieta de exclusão (também conhecida como dieta de eliminação) trata-se de uma dieta onde o alimento associado à alergia é completamente eliminado da dieta. Por exemplo, se a suspeita é de APLV, o leite de vaca e todos alimentos que podem conter proteínas do leite de vaca (por exemplo bolachas, pães, manteiga, bolos, panqueca, queijos, iogurtes, etc) são retirados da dieta. 
Vale-se ressaltar que a dieta não deve ser feita com a exclusão de muitos alimentos, apenas dos realmente associados à alergia. Restrições muito rigorosas podem levar a desnutrição, déficit de crescimento, deficiência de nutrientes importantes como cálcio, ferro, vitamina B12, zinco e, consequentemente, anemia, osteopenia (enfraquecimento dos ossos), baixa resistência, etc. 
O único tratamento da alergia ao leite é a dieta de exclusão do leite, derivados e todos os alimentos preparados com esses ingredientes da dieta. 
Alguns médicos podem receitar medicamentos, mas esses são indicados para minimizar os sintomas, eles não tratam a alergia. 
Em casos de bebês com suspeita de APLV, recomenda-se a continuidade do aleitamento materno e que a própria mãe faça a dieta de exclusão, seguindo as mesmas orientações aqui descritas para as crianças. Neste caso, como a mãe retira da sua alimentação todos os alimentos que contêm leite, e o leite é uma importante fonte de cálcio, é importante que a mãe utilize um suplemento de cálcio. 
Caso a mãe não esteja amamentando ou a criança esteja usando algum complemento do leite materno, recomenda-se a substituição do leite materno por fórmulas ou dietas especializadas. 

- Tratamento da APLV (10 passos)

Alguns medicamentos podem ser prescritos para aliviar os sintomas, principalmente na fase inicial e/ou em caso de ingestão acidental do alimento.
A família de crianças com reações anafiláticas deve sempre carregar consigo a adrenalina autoinjetável, a qual deverá ser utilizada imediatamente se os sintomas forem desencadeados.
Mas os medicamentos não tratam a alergia e não substituem a necessidade da dieta.
O único tratamento comprovadamente eficaz é a dieta isenta das proteínas do leite, pois ao deixar de consumir o alimento que causa a alergia o sistema de defesa da criança não irá produzir as células e anticorpos responsáveis pela reação alérgica, possibilitando a remissão dos sintomas e o desenvolvimento futuro da tolerância ao leite.
A prescrição da dieta parece algo simples. Mas, garantir à criança uma alimentação saudável, eficaz para o tratamento da APLV, nutricionalmente completa, que não a exclua do convívio social, com um custo acessível e ainda manter a harmonia familiar ao mesmo tempo não é nada fácil.
Por essa razão, eu ouvi as principais dificuldades encontradas pelos pais, pesquisei como eu poderia tornar o dia a dia dessas famílias mais fácil e desenvolvi os dez passos que considero imprescindíveis para garantir a adesão à dieta e o sucesso do tratamento de forma mais tranqüila.
O passo zero é a aceitação. Portanto, antes de iniciar o tratamento é preciso aceitar a nova realidade, aceitar que seu bebê tem APLV de forma genuína e com o coração.
Acredito que com esses passos a vida das famílias de crianças com APLV poderá ser mais leve, alegre e feliz.
10 passos do tratamento da APLV:



    Garanta o AME ou a fórmula para substituir o Leite de vaca


    Conheça os alimentos que precisam ser retirados da dieta.M


    Conheça os alimentos que podem ser consumidos e aprenda a variar o cardápio


    Leia sempre o rótulo e prepare alimentos em casa com segurança


    Monitore a evolução da criança


    Tudo que o bebê precisa é se sentir seguro


    Mantenha a harmonia familiar


    Peça ajuda


    Não exclua! Inclua a criança e mantenha o convívio social


    Verifique se a criança já adquiriu tolerância ao leite










    - COMPARATIVO DE FÓRMULAS
    Atualmente 308 mães que possuem filhos com APLV, ajudaram a registrar os dados abaixo.

    42% das crianças levam 120 dias ou mais para serem diagnosticadas.

    Meses até o diagnóstico
    4 meses ou mais 42%
    1 a 3 meses 58%

    Conheça abaixo as fórmulas especiais recomendadas para Alergia à proteína do leite de vaca:






    As fórmulas à base de aminoácidos são consideradas totalmente não alergênicas uma vez que a fonte protéica não deriva de uma proteína alimentar. Não é raro, contudo, que haja confusão com alguns sintomas, e que estes sejam associados erroneamente com a alergia. Por exemplo: diarreia, gases, fezes ácidas, distensão abdominal, podem ser consequência de fatores como virose, nascimento dos dentes, ingestão de alimentos que naturalmente estimulam o funcionamento intestinal, como mamão ou feijão, ou podem simplesmente ser consequência de uma adaptação inicial à própria fórmula. Por isso, ao identificar a presença de algum sintoma, antes de tomar qualquer atitude, converse com o médico ou nutricionista para que possam identificar a real causa deste sintoma e assim, prescrever a melhor conduta a ser tomada.

    -DICIONÁRIO DA APLV

    Entenda as siglas e nomes comuns usados pelos especialistas


    ABDÔMEN: Região do corpo que corresponde à barriga e contempla todas as estruturas e órgãos entre o tórax e o quadril.  Os órgãos localizados na região do abdômen são: o estômago, intestino, fígado, vesícula biliar e pâncreas.
    ABDOMINAL: Relativo ao abdômen (barriga).
    ADRENALINA: substância produzida pela glândula adrenal que atua no organismo promovendo dilatação dos vasos sanguíneos e brônquios nos pulmões e acelerando o batimento do coração.  
    ALÉRGENO: substância estranha ao organismo que acarreta uma reação alérgica quando ingerida ou inalada, caracterizada por sintomas respiratórios, cutâneos e gastrintestinais. Ex de alérgenos: proteínas de alimentos, pólen, insetos, ácaros, mofo, pelo de animais, etc.
    ALERGIA ALIMENTAR IgE MEDIADA:  reação alérgica desencadeada pela produção de anticorpos específicos da classe IgE para os alérgenos alimentares. Os sintomas são imediatos, manifestados logo após a ingestão do alimento.
    ALERGIA ALIMENTAR MISTA: reação alérgica mediada por células e por IgE. Nestes casos, podem surgir sintomas imediatos e tardios à ingestão do alimento alergênico.
    ALERGIA ALIMENTAR NÃO IgE MEDIADA: reação alérgica a alimentos em que o organismo não produz anticorpos IgE específicos. Nestes casos a reação é mediada por células. O grande diferencial deste tipo de reação clínica é que os sintomas são tardios, podendo aparecer horas ou dias após a ingestão do leite ou do alimento que a pessoa é alérgica.
    ALERGIA ALIMENTAR: Reações adversas a alimentos que envolvem o sistema imunológico (sistema de defesa do organismo), sendo mediadas ou não por imunoglobulinas E (IgE). Os sintomas podem ser gastrintestinais, cutâneos (de pele), respiratórios ou sistêmicos (ex: choque anafilático).
    ALERGIA: Reação adversa do sistema imunológico (sistema de defesa)  a substâncias estranhas, não reconhecidas pelo organismo, mesmo em pequenas quantidades.
    ALIMENTO ALERGÊNICO: Alimentos que possuem proteínas com alto potencial de desencadear alergia quando consumidos. Os 8 alimentos mais alergênicos são: leite, soja, ovo, trigo, peixes, frutos do mar, amendoim e castanhas.  
    AMINOÁCIDOS: molécula orgânica formada por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio unidos entre sí. Vários aminoácidos unidos através de ligações químicas formam as proteínas. Após a ingestão de alimentos proteícos, a proteína precisa ser digerida pelas enzimas digestivas até ficar na forma de aminoácidos para ser absorvida.
    ANTICORPO: proteína, denominada Imunoglobulina, produzida especificamente para combater um antígeno (substância estranha ao organismo).
    ANTI-HISTAMÍNICO: medicamento usado para inibir a ação da histamina e evitar os sintomas desencadeados por ela.
    APLV: Alergia à proteína do leite de vaca
    ATOPIA: Alergia.
    ATÓPICA: pessoa ou familiar com tendência a produzir anticorpos IgE em resposta a baixas doses de alérgenos, normalmente proteínas, e desenvolver sintomas alérgicos típicos.
    CONTAMINAÇÃO CRUZADA: é a contaminação de um alimento por outro por contato ou durante o preparo. Por exemplo: Se ao elaborar uma torta sem leite você usar uma faca que cortou um queijo antes, sem lavá-la, mesmo que não tenha leite e derivados nos ingredientes da torta, poderá conter traços que estavam na faca devido à contaminação cruzada.
    CRIANÇA: indivíduo até 12 (doze) anos de idade incompletos.
    CRIANÇA DE PRIMEIRA INFÂNCIA ou CRIANÇA PEQUENA: criança de 12 (doze) meses a 3 (três) anos de idade.
    DIETA DE EXCLUSÃO: dieta realizada por um período determinado com a exclusão dos alimentos alergênicos. Esta dieta é usada tanto no diagnóstico quanto no tratamento da alergia alimentar, porém só dever ser realizada com um número reduzido de alimentos. Restrições severas não auxiliam no diagnóstico e podem causar repercussões sérias no crescimento e desenvolvimento.
    DOR ABDOMINAL: dor na barriga (abdômen).
    ENTEROPATIA: doenças relacionadas ao intestino.  
    ENZIMAS: proteínas responsáveis pela digestão dos alimentos.
    FÓRMULA INFANTIL DE SEGUIMENTO PARA CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA: produto em forma líquida ou em pó utilizado como substituto do leite materno ou humano para crianças de primeira infância.
    FÓRMULA INFANTIL DE SEGUIMENTO PARA LACTENTES: produto em forma líquida ou em pó utilizado, por indicação de profissional qualificado, como substituto do leite materno ou humano a partir do 6º mês.
    FÓRMULA ESPECIALIZADA À BASE DE AMINOÁCIDOS: alimento em que a fonte protéica está na forma de aminoácidos. É a única considerada não alergênica.
    FÓRMULA ESPECIALIZADA À BASE DE PROTEÍNA EXTENSAMENTE HIDROLISADA: alimento em que a fonte protéica está na forma de peptídeos (proteína já hidrolisada em pequenos blocos de aminoácidos). É a única considerada hipoalergênica e tem sucesso em 90% dos casos de APLV.
    FÓRMULA ESPECIALIZADA À BASE DE PROTEÍNA PARCIALMENTE HIDROLISADA (HA): alimento em que a fonte protéica está na forma parcialmente “digerida”. O tamanho é menor que uma proteína íntegra, porém ainda possui grandes blocos de aminoácidos. Por esta razão sua alergenicidade é alta e não é indicada na APLV.
    FÓRMULA INFANTIL PARA LACTENTES: produto em forma líquida ou em pó destinado à alimentação de lactentes até o 6o (sexto) mês, sob prescrição, em substituição total ou parcial do leite materno ou humano, para satisfação das necessidades nutricionais desse grupo etário.
    GASTROENTERITE: inflamação do estômago e do intestino.
    HEREDITARIEDADE: transmissão genética, de pai para filho.
    HIDROLISADO PROTÉICO OU PROTEÍNA EXTENSAMENTE HIDROLISADA: é a proteína já “digerida” em pequenos blocos de aminoácidos chamados de peptídeos.  Quando a proteína está nesta forma ela tem 90% a menos de chance de causar reação alérgica.
    HIPERSENSIBILIDADE: sintomas ou sinais reproduzíveis causados pela exposição a um estímulo definido em uma dose tolerada por pessoas normais
    HISTAMINA: substância liberada durante as reações alérgicas, responsável por desencadear sintomas como: coceira, edema, vermelhidão, tosse, etc.
    IMUNOGLOBULINA E (IgE): tipo de anticorpo envolvido em reações alérgicas, produzido para combater um alérgeno específico.  
    IMUNOGLOBULINA: anticorpo
    INTOLERÂNCIA ALIMENTAR: resposta fisiológica anormal a um alimento, sem o envolvimento do sistema imunológico (defesa). Está associada à falta ou diminuição da atividade de alguma enzima digestiva. Por exemplo: Intolerância à lactose é causada pela deficiência de lactase, enzima que digere a lactose (açúcar do leite). Os sintomas são apenas gastrintestinais: diarréia, flatulência, cólicas, náuseas e distensão abdominal (empachamento).   
    LACTASE: enzima que faz a digestão da lactose.
    LACTENTE: criança com idade até 11 (onze) meses e 29 (vinte e nove) dias.
    LACTOSE: açúcar presente no leite.
    LIPÍDEOS: gorduras presentes nos alimentos maternos.
    PRICK TEST: teste de punção com lanceta padronizada e aplicação de extratos comerciais ou alimentos “in natura” na região do antebraço, com leitura do resultado a partir de 20 minutos. O médico avaliará se o tamanho da pápula formada após a aplicação do extrato ou do alimento indica ou não a alergia àquela substância. Este exame não determina o diagnóstico de alergia, apenas verifica a sensibilidade do indivíduo a um alimento ou alérgeno em geral. Além disso, só é possível verificar alterações em pacientes com manifestações clínicas mediadas por IgE ou mistas. Portanto, ele deve ser usado em conjunto com a história clínica e o TPO para se fechar o diagnóstico.
    PROTEÍNAS: conjunto de aminoácidos ligados entre si.Uma proteína pode conter de 250 a quase 5.000 aminoácidos. Estão presentes nos alimentos, principalmente nos de origem animal (carnes, laticínios, ovos), nas leguminosas (feijões, soja, lentilha, etc) alimentos com glúten (pães, massas, biscoitos), etc. Possuem funções de enzimas, anticorpos, hormônios e são usadas para a construção de tecidos e músculos.
    RAST: exame de sangue utilizado para verificar a presença de IgE específica para determinado alérgeno. Seus resultados são classificados em classes (1,2,3 e 4) e são considerados positivos apenas os resultados na classe 3 e 4. Este exame não determina o diagnóstico de alergia, apenas verifica a sensibilidade do indivíduo a um alimento ou alérgeno em geral. Além disso, só é possível verificar alterações em pacientes com manifestações clínicas mediadas por IgE ou mistas. Portanto, ele deve ser usado em conjunto com a história clínica e o TPO para se fechar o diagnóstico.
    REAÇÃO ADVERSA: Em farmacologia, qualquer reação inesperada ou perigosa a um agente ou substância.  Ex: Um efeito indesejável causado pela administração de um medicamento ou ingestão de um alimento.  O início da reação adversa pode ser repentino ou desenvolver ao longo do tempo.
    REAÇÃO ANAFILÁTICA: reação sistêmica grave, de início súbito (rápido), caracterizada por coceira generalizada, diarréia, vômitos, edema de glote (“fechamento da garganta”), dificuldade de respirar, aperto no peito com queda de pressão,  arritmias cardíacas e colapso vascular (choque anafilático). É potencialmente fatal e pode ser desencadeada por alergia a picada de insetos, alimentos, medicamentos, etc.
    REAÇÃO OU REATIVIDADE CRUZADA: um alérgeno pode ter uma proteína muito semelhante à de outro alimento. Nestes casos, se a pessoa é alérgica a um e comer o outro poderá desencadear alergia a este também, por reação cruzada. Por exemplo: A proteína do leite de vaca é muito similar à do leite de cabra. Portanto, crianças com alergia ao leite de vaca não podem consumir leite de cabra, pois terão alergia a este também, uma vez que as proteínas são parecidas.  
    SÍNDROME DA ALERGIA ORAL: manifestação instantânea após o contato do alérgeno com a mucosa oral (lábios, boca). Os sintomas são: coceira, inchaço nos lábios, palato (céu da boca) e faringe.
    SISTEMA IMUNOLÓGICO ou SISTEMA IMUNE: conjunto de células, órgãos e estruturas especializadas e não especializadas, cuja função é identificar e destruir invasores estranhos antes que qualquer mal seja feito ao organismo.
    TESTE DE PROVOCAÇÃO ORAL (TPO) OU TESTE DE DESENCADEAMENTO: Teste considerado padrão ouro no diagnóstico da alergia alimentar. É realizado a partir da exclusão do alimento alergênico por um período de 1-6 semanas, com a oferta posterior de alimentos e/ou placebo em doses crescentes e intervalos regulares, sob supervisão médica, com concomitante monitoramento de possíveis reações clínicas. Obs: Caso os sintomas não desapareçam durante a dieta de exclusão, é desacertada a hipótese de alergia alimentar.

    -Lista de siglas e abreviações

    AA: Alergia alimentar
    APLV: Alergia à proteína do leite de vaca
    ALV: alergia ao leite de vaca
    DA: Dermatite atópica
    IgE: Imunoglobulina E
    TPO: Teste de provocação oral

    - O que posso comer?

    Esta é uma pergunta que os familiares levam pra casa depois do diagnóstico. Mais saiba que existem várias alternativas para sua dieta
    “Afinal, o que posso comer?” É essa a pergunta que os familiares levam pra casa depois do diagnóstico.
    Entendido o que deve ser evitado e o quão atenta deve ser a leitura dos rótulos é no dia a dia que se percebe quais alimentos devem incorporar a nova rotina, quais preparações substituirão as receitas habituais, como será a nova lista de compras e qual será o itinerário de compras - porque dificilmente tudo será achado no mesmo lugar.
    Privilegiar alimentos in natura, planejar o uso do tempo para dar espaço ao preparo das refeições, cozinhar, partilhar receitas, valorizar as refeições e comer em companhia são alguns dos hábitos das famílias que convivem bem com a APLV. E todos esses hábitos foram pauta no novo guia de alimentação da população brasileira publicado pelo ministério da saúde no final de 2014.
    O guia alimentar é um direcionamento para melhorar a saúde da população em geral. Contemplando também aspectos culturais e sociais, o guia propõe mudanças de atitudes alimentares que vão de encontro com a realidade que o manejo da APLV impõe.
    O diagnóstico da APLV, entretanto, implica em restrições alimentares e essa experiência pode ser sentida e vivenciada de diferentes formas. O começo pode ser difícil, mas a adaptação chega. Cada família irá descobrir como será sua nova realidade. Há quem deva restringir um ou dois alimentos. Há quem deva restringir um pouco mais. Há quem possa tolerar traços, há quem precise controla-los. Há quem prefira manter a mesma alimentação para todos em casa, há quem vá fazer pratos diferentes. Há quem prefira evitar reuniões sociais, mas é sempre bom lembrar que uma marmita recheada de coisas gostosas é um excelente aliado para não perder nenhum evento!
    A partir do momento que cria-se uma nova rotina e que os novos alimentos começam a fazer parte do repertório da família, tem-se um novo arranjo. Com tudo mais organizado, já se sabe como abastecer a dispensa e a geladeira, o que comer no café da manhã, o que pode ser preparado para almoço e jantar, o que deve ser congelado para facilitar o dia a dia, quais lanches deve-se ter na bolsa, quais os corredores do supermercado devem ser frequentados, quais sites tem boas receitas e por aí vai.
    Dessas novidades, muitas vão permanecer na vida dessas famílias, mesmo que a cura não demore a chegar!

    m uma dieta isenta de proteína do leite é preciso retirar o leite de vaca, seus derivados e qualquer alimento que o contenha.

    - Alimentos que devem ser evitados em uma dieta isenta de leite:

    Leite de vaca (todos os tipos: integral, desnatado, semi-desnatado, evaporado, reconstituído, fermentado, condensado, em pó, fluido, desidratado, maltado, sem lactose)
    Queijo 
    Leite e queijo de cabra, de ovelha e de búfala 
    Iogurte, coalhada 
    Petit suisse
    Bebida láctea
    Creme de leite 
    Nata, coalho, creme azedo 
    Soro do leite (whey protein) 
    Manteiga
    Margarina que contenha leite 
    Ghee (manteiga clarificada) 
    Requeijão, cream cheese 
    Molho branco
    Doce de leite, chantili, cremes doces, pudim

    - Ingredientes que devem ser evitados em uma dieta isenta de leite:

    Caseina
    Caseinato (todos os tipos de amônio, cálcio, magnésio, potássio ou sódio) 
    Lactose 
    Lactoglobulina, lactoalbumina, lactoferrina
    Gordura de manteiga, óleo de manteiga, éster de manteiga
    Gordura anidra de leite 
    Lactato 
    Soro do leite, whey protein
    Fermento lácteo 
    Cultura inicial de ácido lático fermentados em leite ou soro de leite 
    Composto lácteo , mistura láctea
    Proteína láctea do soro do leite microparticulada
    Diacetil (normalmente usado em cerveja ou pipoca amenteigada)
    Aditivos que podem conter* traços de leite:
    Corante, aroma ou sabor natural de manteiga, margarina, leite , caramelo, creme de coco, creme de baunilha, iogurte, doce de leite e de outros derivados de leite.
    * quando o alimento ou medicamento contiver um desses aditivos, contatar o SAC do fabricante para se certificar de que o produto é isento de leite/traços de leite.


    -ALIMENTOS QUE DEVEM SER EVITADOS NUMA DIETA ISENTA DE TRIGO
    Alimentos que devem ser evitados numa dieta isenta de trigo
    Neste artigo listamos uma série de alimentos que você deve evitar quando estiver fazendo uma dieta isenta de proteínas do trigo.
    Eis os alimentos que devem ser evitados:

    Trigo

    • Farinha de trigo
    • Flocos de trigo
    • Farelo de trigo
    • Germe de trigo
    • Trigo serraceno
    • Bagos integrais de trigo
    • Kibe
    • Pão de trigo
    • Farinha de pão (Farinha de rosca)
    • Pudim de pão
    • Macarrão
    • Pães
    • Massas
    • Glúten de trigo
    • Farinha de cereais
    • Engrossantes com farinha de trigo
    • Cuscus
    • Extrato de cereais
    • Molho branco preparado com farinha de trigo
    • Molhos industrializados

    Outros alimentos

    Outros alimentos formadores de glúten e que podem fazer reação cruzada ao trigo ou apresentar contaminação cruzada com trigo no processo de fabricação:
    • Semolina
    • Aveia, Farelo e Farinha de aveia
    • Cevada
    • Centeio
    • Malte
    • Bebidas maltadas
    • Cereais maltados
    Atenção: Não consumir alimentos industrializados com a descrição “contém glúten” no rótulo.

    Alimentos permitidos

    Alimentos permitidos que podem ser substituídos pelo trigo:
    • Milho
    • Amido de milho
    • Farinha de milho
    • Fubá
    • Pipoca
    • Canjica
    • Arroz
    • Creme de arroz
    • Farinha de arroz
    • Flocos de arroz
    • Macarrão de arroz
    • Mandioca
    • Farinha de mandioca
    • Sagu
    • Tapioca
    • Polvilho
    • Araruta
    • Batata
    • Fécula de batata
    • Farinha e amido de batata
    • Inhame
    • Cará
    • Mandioquinha
    • Batata doce



    Fonte: http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/

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