terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O que é violencia Obstetrica?

Muitas pessoas já passaram por alguma intervenção durante o pré natal, parto e pós parto. Sim, antes do parto TAMBÉM é violência obstétrica.


Vamos entender o que é essa violência?



Violência é considerado todo e qualquer intercorrência desnecessária que pode vir ocorrer durante o pré natal, no parto ou no pós parto. Desde a recepção ate os médicos.
Uma a cada a quatro mulheres sofrem violência obstétrica no Brasil, e o mundo inteiro desconhece , inclusive as que foram violentadas.

Segundo Adelita Gonzales, enfermeira obstetra e professora da PUCPR, médicos e enfermeiros são, geralmente, formados com a visão de que eles sabem o que é melhor para a paciente, o que faz com que certos procedimentos tidos como padrão sejam realizados mesmo quando desnecessários. Entre as violências testemunhadas em maternidades curitibanas, Adelita cita: 

• Jejum forçado;
• Isolar a mulher e não permitir acompanhante;
• Restringir a gestante ao leito, para que não se movimente;
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• Amarrar a mulher à cama;
• Utilizar meios farmacológicos sem autorização;
• Induzir o parto;
• Episiotomia (corte entre a vagina e o ânus para facilitar a passagem do bebê);
• Manobra de kristeller (quando a barriga é empurrada por enfermeiras);
• Não deixar que a mulher grite ou converse;
• Agressões e humilhações verbais: “Se você não me obedecer, saio daqui e você vai ter o bebê sozinha”; “Na hora de fazer, não doeu”; “Se você não ajudar, seu bebê vai morrer”.

Aqui vai mais alguns critérios considerados violência obstétrica, divulgado pelo Ministério Público:

http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/41/violencia%20obstetrica.pdf

A OMS publicou uma nota dizendo a respeito da violência obstétrica:
 “No mundo inteiro, muitas mulheres sofrem abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto nas instituições de saúde. Tal tratamento não apenas viola os direitos das mulheres ao cuidado respeitoso, mas também ameaça o direito à vida, à saúde, à integridade física e à não-discriminação. Esta declaração convoca maior ação, diálogo, pesquisa e mobilização sobre este importante tema de saúde pública e direitos humanos”, diz a abertura da publicação intitulada Prevenção e eliminação de abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto em instituições de saúde. No Brasil, uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência no atendimento ao parto segundo pesquisa da Fundação Perseu Abramo.

Um dos casos que mais repercutiu a respeito de violência contra a mulher, foi o caso da Adelir , que foi retirada da sua casa em trabalho de parto , por policiais , obrigando a fazer uma cesariana sem nenhuma Real indicação. Apenas por capricho medico , tirando completamente o Direito sobre o próprio corpo.

Segue o caso:

http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/04/02/noticia_saudeplena,148157/mandado-judicial-retira-mae-em-trabalho-de-parto-de-casa-para-obriga.shtml

Infelizmente casos como esses:  cesariana falsa indicada. É mais do que comum no nosso brasil. O problema é quando o sistema nos cala, o problema é quando a justiça nos cala. No qual dá para entender o porque o Brasil tem um alto número de cesariana sem nenhuma indicação, no sus chega a 56% ou mais e no particular é 80% a 100% de cesariana eletiva, onde a OMS recomenda 15%.

Durante o pré natal, as violências obstétricas são:
  • Negar atendimento a mulher ou dificultar;
  • Fazer um pré natal negligente
  • Ofender, humilhar a gestante ou alguém da família
  • Comentários constrangedor 
  • Agendar cesariana sem nenhuma indicação REAL;
  • Exames de toque.

Fui vitima de violência obstétrica, o que fazer?
Denunciar no CRM, Ministério Publico Federal, Ministério da saúde (136).
Ligar para 180 ; Pegar o seu Prontuário e procurar Defensoria Pública

Segue alguns relatos de violência obstétrica:

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/na-hora-de-fazer-nao-gritou
http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/08/vitimas-da-violencia-obstetrica-o-lado-invisivel-do-parto.html
http://www.bolsademulher.com/bebe/atriz-vitima-de-violencia-obstetrica-relata-momentos-do-parto-entenda-o-caso
http://apublica.org/2013/03/na-hora-de-fazer-nao-gritou/




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