domingo, 10 de abril de 2016

A importância dos primeiros 1000 dias de vida da criança.

Os primeiros 1000 dias de vida de uma criança são essenciais para o crescimento e desenvolvimento adequados e pela nutrição que influenciará a saúde por toda sua vida. Esse período, de acordo com o Dr. Barker, compreende do primeiro dia de gestação até o 2º ano de vida da criança, momento em que as principais mudanças e o maior nível de desenvolvimento ocorre, se compararmos com as demais etapas da vida de um ser humano.

Mas o que acontece de tão importante nos primeiros 1000 dias que podem mudar toda a vida de uma criança?
– a alimentação materna durante toda a gestação pode determinar as preferências alimentares da criança
– a gestação a termo e o parto natural previnem mortalidade e morbidade infantil, com repercussão até a vida adulta.
– a amamentação exclusiva por 6 meses e com alimentação complementar até 2 anos ou mais tem potencial de proteger contra doenças, possibilitar nutrição adequada, promover melhor crescimento e desenvolvimento, bem como favorecer a cognição.
– os cuidados maternos, individualizados e focados nas necessidades de seu bebê são responsáveis pelo desenvolvimento psíquico, motor, neurológico e de linguagem da criança.
– a transição alimentar adequada, com uso de alimentos saudáveis favorece a nutrição adequada, com prevenção de diabetes, hipertensão, obesidade e sobrepeso, bem como de doenças renais, osteoporose e problemas cardíacos.

Cerca de 80% do potencial de crescimento e desenvolvimento de uma criança se dá pelas interferências ambientais, tais como stress, infecções, exercícios e nutrição e apenas 20% é determinado geneticamente, por isso a importância dos cuidados dedicados nos primeiros 2 anos de idade para o estímulo ao potencial máximo das habilidades cognitivas, motoras e sociais.

De acordo com a Pastoral da Criança, os cuidados necessários nos primeiros 1000 dias se referem à gestação e aos cuidados com o bebê do nascimento aos 2 anos.

No que se refere à gestação, o planejamento familiar é o primeiro passo, com ingestão de ácido fólico por pelo menos 30 dias antes da concepção, nutrição adequada da futura mãe, acompanhamento pré-natal com a realização de exames, busca de informações sobre gestação e parto, especialmente as vantagens do parto natural, com empoderamento materno, além de temas importantes como os riscos do uso de álcool, drogas e tabaco devem ser de conhecimento da gestante.

Quanto aos cuidados com o bebê, deve haver enfoque na amamentação exclusiva por 6 meses e com alimentação complementar saudável até 2 anos ou mais, além do conhecimento do valor do colostro e do vínculo entre mãe e bebê, além das formas de transição alimentar e da importância da alimentação saudável para o crescimento e desenvolvimento infantis. Aqui também se torna necessário o papel do pai, tanto nos cuidados quanto no vínculo e educação da criança.

Ainda sobre o bebê, os cuidados e estímulos ao desenvolvimento infantil são importantes para a aquisição de habilidades e competências de linguagem, socialização, comunicação, motoras e maturacionais. Todos os tipos de brincadeiras são importantes nessa fase da vida.

Desse modo, os cuidados desde antes da concepção até o segundo ano de vida da criança são essenciais e determinantes para o resto da vida do indivíduo e por isso devem ser estimulados, esclarecidos e incentivados para que os pais, principais atores nesse período, contem com ferramentas adequadas para promover a saúde de seus filhos.

Fonte: prolactare.com/saude-da-crianca/importancia-dos-primeiros-1000-dias-de-vida-da-crianca

segunda-feira, 28 de março de 2016

Resgatando o Parto

Por: Andrea A. Prado
Amigas do Parto

Acreditamos que humanizar o nascimento é adequá-lo a cada mãe, a cada pai, ou seja, à família envolvida em cada nascimento. A técnica não pode tornar-se mais importante do que as pessoas envolvidas!
O parto hoje tornou-se assunto exclusivamente médico, especialmente no Brasil onde as taxas de cesárea estão entre as mais altas no mundo, chegando à mais de 80% em alguns hospitais! Por isto falamos em resgatar o parto como um processo fisiológico normal da mulher. É neste sentido que o parto é nosso, devendo tornar-se evento médico somente quando a intervenção é realmente necessária. Veja em breve quais são as intervenções mais comuns.
As evidências científicas mostram que o fator determinante para uma boa experiência de parto é o quanto a mulher sentiu-se protagonista do evento, ou seja, qual o nível de controle que ela percebeu ter sobre o processo; o grau em que sua opinião foi ouvida; o nível de informação que lhe foi dada durante os procedimentos e se seu consentimento (para os procedimentos) foi percebido como sendo dado. Podemos resumir dizendo que a mulher tem necessidade de ser tratada como sujeito ativo e participante de todo o processo e não como mero objeto.
Como fazer para tornar-se protagonista de seu parto, do nascimento de seu filho, momento mobilizador de tantas emoções e carregado de tanto significado? Necessitamos tanto de informação quanto de apoio, daí a importância de se fazer uma boa preparação para o parto! Mas para quê nos preparar se o processo todo é tão normal? Justamente porque vivemos numa sociedade e numa cultura onde o parto não é mais visto como um processo normal - nós duvidamos da nossa capacidade de dar à luz!
Temos que conhecer as opções de parto, nos familiarizar com os procedimentos mais comuns, para poder decidir o que é que queremos para nós....  Veja a seguir alguns dos pontos mais importantes que devem ser levados em conta na hora de se pensar sobre o parto.

 
Onde ter o bebê? Quando nos perguntam onde nosso filho vai nascer, em geral a resposta é uma só: “no hospital, é lógico!!”. Mas existem sim outras opções, ainda pouco difundidas no Brasil, onde o parto é mais facilmente tratado como processo fisiológico normal:
- casa de parto
- em domicílio
O ambiente do parto é muito importante e pode tanto ajudar quanto atrapalhar. O ambiente que mais propicia um bom desenrolar do parto,  é aquele silencioso, tranquilo, com pouca luz. A mulher deve escolher o ambiente onde ela se sinta mais segura, mais confiante e mais protegida. É nesse espaço que a mulher vai ter possibilidade de entrar em contato com seu corpo e fazer aquilo que este lhe pede. 
Saiba mais sobre as vantagens e desvantagens de cada local.
Com quem? Quem vai prestar assistência ao parto? No Brasil, tradicionalmente é o médico obstetra. É importante saber que as enfermeiras obstetras também são capacitadas a fazer parto normal e, em alguns hospitais, já têm exercido esta função! Existem, ainda, especialmente nas regiões mais afastadas dos centros urbanos, as parteiras tradicionais. Cada profissional tem sua particularidade. A formação da enfermeira obstetra dá mais ênfase ao parto como processo fisiológico normal do que a formação médica que se baseia justamente em saber tratar e diagnosticar possíveis complicações.
Queremos aos poucos formar uma rede de profissionais comprometidos com o parto normal humanizado, seguindo as recomendações da OMS. Veja aqui algumas indicações.

 
“Tipos” de parto Já descrevemos os dois tipos de parto mais realizados no Brasil: a cesárea e o parto normal hospitalar em que a mulher fica deitada... (Veja em: O Parto Hoje)
Do ponto de vista fisiológico, as posições verticais (de cócoras, de quatro, sentada etc.) são as que mais favorecem a descida do bebê e conseqüentemente, um parto tranqüilo, sem intervenções (Veja recomendações da Organizaçao Mundial da Saúde)
Apesar de todo o respaldo científico, são poucos os profissionais que “permitem”  que a mulher assuma a posição que quiser na hora do parto, uma prática já difundida em países como Japão, Holanda, Inglaterra e Suécia, por exemplo.
O parto será mais satisfatório para a mulher se ela puder ser livre para fazer e agir conforme suas necessidades.

 
A Doula (Acompanhante de Parto) É uma nova profissional do parto que está surgindo...tem uma importância fundamental na assistência ao parto. Sua missão é prestar apoio físico e emocional à mulher que está parindo, ajudando-a a lidar com o trabalho de parto. Pesquisas mostram que o parto em que  uma doula está presente tende a ser mais rápido e necessitar de menos intervenções médicas. Saiba mais aqui.
Plano de parto É principalmente um instrumento que ajuda a mulher a se informar sobre os procedimentos mais comuns adotados na hora do parto, para que possa refletir e decidir, com o apoio das evidências científicas, quais ela quer ou não quer. Saiba mais sobre o plano de parto.
 
Como se preparar? Para se ter uma boa experiência de parto hoje, algum tipo de preparação ou reflexão é fundamental. Escolhas e decisões têm de ser feitas: quem vai me assistir?, qual o local?, que tipo de parto eu estou querendo?
Qualquer opção que fuja da norma, ou seja da tradicional cesariana ou do parto normal com intervenções, terá que ser mais bem preparada ainda....
O parto ativo é instintivo e natural. Hoje em dia são poucas as mulheres em contato com este lado instintivo. Precisamos nos conscientizar dos nossos corpos para redescobrir estes instintos.
Fazer algum tipo de exercício, ler, praticar yoga ajuda muito.
Descobrir e enfrentar seus medos, suas fantasias, participar de um grupo de discussão com outras grávidas; tudo isto é fundamental! Conheça alguns profissionais que indicamos.


Parto de Cócoras

Por : Ana Cris Duarte
Amigas do Parto


Desde a mais remota antigüidade as mulheres procuravam posições que facilitassem o parto. Nas gravuras antigas o mais comum é ver mulheres ajoelhadas, de cócoras, ou em banquinhos baixos de parto. De um jeito ou de outro o que se observa é que as costas estão em posição vertical. A posição das pernas é variável.
Também é muito comum ver nessas figuras alguém dando suporte por trás, segurando a parturiente por baixo dos braços. Às vezes é um homem, em outras é uma mulher. Até hoje, nas comundades nativas (índios brasileiros, por exemplo) o parto ainda acontece dessa forma.
É claro que estamos falando aqui do parto em si, e não do trabalho de parto, que pode durar horas e até dias. A posição de cócoras é vantajosa durante o período expulsivo, que dura de alguns minutos a uma hora, na maioria dos casos. Durante todo o trabalho de parto a mulher deve ficar em poses variadas, sentada, ajoelhada, andando, etc.
Na civilização ocidental, com a entrada da figura do obstetra no parto, as mulheres foram colocadas deitadas de costas em mesas cada vez mais específicas, com as pernas abertas, para que a região genital pudesse ser bem observada. E assim é que funciona até hoje, para a maioria dos médicos e hospitais.
Por outro lado vários artigos já foram publicados enumerando as vantagens do parto verticalizado em relação à posição de litotomia (deitada de costas).
Entre as vantagens podemos citar algumas:
- O parto é mais rápido, pois é auxiliado pela gravidade;
- A oxigenação do bebê é melhor, pois não ocorre a compressão da veia cava pelo peso do útero;
- A necessidade de episiotomia é menor;
- A mulher se sente mais no controle da situação;
- O companheiro tem uma participação mais ativa ao prover o suporte da posição

A desvantagem é que os médicos não conseguem controlar o parto da forma como foram ensinados.
Pensando nisso foi criada uma cadeira para parto de cócoras, onde a mulher fica em uma altura suficiente para que o obstetra fique com um bom campo visual. No entanto, um fenômeno curioso tem ocorrido. Alguns hospitais que adquiriram a cadeira alegam que há pouca procura e que elas foram "encostadas". Muitos obstetras afirmam que não fazem parto de cócoras porque não têm a cadeira especial à diposição.
A realidade é que não há necessidade de cadeiras especiais para se fazer um parto de cócoras. Basta que a mulher suba na cama comum, ajoelhada entre as contrações e acocorada na hora das contrações, apoiando-se de um lado no companheiro, do outro em uma enfermeira ou auxiliar. Também é possível para o companheiro ficar sentado sobre a banqueta que fica ao lado da cama, enquanto a parturiente se acocora e se apoie nas pernas abertas do companheiro, de costas para ele.
Enfim, um pouco de boa vontade, criatividade e confiança no instinto da mulher são suficientes para se fazer um parto de cócoras em qualquer ambiente, hospitalar ou não. Muitas vezes a presença da doula pode ser uma fonte de inspiração e sugestões para um médico que há muito tempo não presencia um parto natural. Para eles é difícil fugir dos protocolos que imperam na instituição, mas depois que o fazem, ficam surpresos com os resultados e muitas vezes emocionados.
Com relação à preparação, não há necessidade de ser uma atleta ou uma índia para parir de cócoras. O hábito de se agachar durante a gestação, ou mesmo ficar alguns minutos de cócoras diariamente, por exemplo na hora da TV, já é o suficiente. Mas mesmo uma mulher sem essa preperação, que não costuma ficar acocorada, pode perfeitamente ficar alguns minutos nessa posição durante as contrações do período expulsivo.
No entanto a posição melhor para o parto não é a de cócoras, deitada, de quatro ou de joelhos. A melhor posição é aquela que a mulher escolhe, por se sentir melhor e mais no controle de seu processo de parto. Esse deveria ser o objetivo da obstetrícia e da boa assistência ao parto: oferecer um ambiente de parto onde a mulher possa se concentrar naquilo que seu corpo pede.

Profissionais do Parto: Quem faz o quê?


Quem é quem na hora do parto?

Existem vários profissionais ligados à gestação e ao parto.
Nem toda gestante é atendida por todos eles, até porque existem diferentes profissões com a mesma função e diferentes modelos de atendimento obstétrico.

Médico Obstetra: é profissional mais conhecido, pelo menos no Brasil. O médico se forma em medicina e depois faz uma especialização na área de ginecologia e obstetrícia. Os obstetras podem atender partos em hospitais, clínicas ou em domicílio. Podem ser contratados por um hospital público ou privado, ou podem ter suas clínicas particulares, onde podem ou não aceitar convênios médicos. Eles atuam tanto nos partos normais como nos cirúrgicos (cesarianas). Também são responsáveis pelo pré-natal das gestantes. Nem sempre participam de todo o trabalho de parto, deixando às vezes esse acompanhamento para as enfermeiras dos hospitais ou uma enfermeira da equipe particular. No sistema privado a mulher escolhe seu médico para o pré-natal e parto. No sistema público os médicos trabalham em esquema de plantão e a parturiente geralmente não conhece o médico que irá atender seu parto.

Médico Pediatra Neonatologista: essa é a especialidade dos médicos que atendem os bebês assim que nascem. Fazem os primeiros exames, medem, pesam, aspiram quando necessário. Se o bebê requer cuidados especiais, ele é transferido à UTI neonatal para receber o atendimento especial. No entanto a grande maioria precisa apenas de alguma observação, que pode ser feita até no colo da mãe durante o pós-parto imediato. Os neonatologistas geralmente são contratados pelas maternidades, mas algumas permitem que a mulher leve seu pediatra de confiança.

Médico Anestesista: é o profissional encarregado da analgesia peridural ou raquidiana para o parto normal ou para a cesária. Geralmente é contratado pelo hospital, mas alguns trabalham com clínica privada, podendo ser contratados como parte da equipe de um determinado obstetra ou mesmo pela gestante que quer um atendimento mais exclusivo. No Brasil usa-se bastante o serviço dos anestesistas, pois quase 80% dos partos particulares são cesárias. E mesmo nos partos normais, o uso da anestesia é quase uma rotina.

Enfermeiras Obstetras: São enfermeiras com especialização nesta área. Estão habilitadas para atender os partos normais, mas não para realizar cirurgias cesarianas. O Ministério da Saúde tem incentivado a formação dessas especialistas e sua contratação por hospitais públicos para o atendimento aos partos de baixo risco. Nas casas de parto são elas que são responsáveis por todo o atendimento. Caso haja necessidade de intervenção especial, a parturiente é transferida para o hospital conveniado. No sistema de saúde privado elas são contratadas por hospitais para o acompanhamento e avaliação das parturientes, mas não para "fazer o parto" propriamente dito. No entanto elas podem atender partos domiciliares. Em seu treinamento elas aprendem também os primeiros cuidados com o recém nascido, inclusive em caso de complicação. Também podem se responsabilizar pelo pré-natal das gestantes, devendo encaminhá-las para médicos obstetras quando a gestação apresenta complicações.

Obstetrizes: antigamente havia a formação dessa profissional através de um curso técnico específico. O curso foi extinto e hoje atuam apenas a obstetrizes que se formaram até a década de 70. Suas funções são semelhantes às das Enfermeiras Obstetras. Em várias partes do mundo essas são as parteiras, "midwives", ou "sage-femmes", ou "comadronas" responsáveis pelos partos de baixo risco, tanto domiciliares como em hospitais ou em casas de parto. Esses cursos de formação duram entre 3 e 4 anos, dependendo do país e são muito completos.

Doula: São acompanhantes de parto que dão apoio físico, emocional e afetivo para a parturiente, através de massagens, dicas de respitação, posições, etc. Ficam o tempo todo com a parturiente desde o início do trabalho de parto, para diminuir a tensão provocada pelo ambiente hospitalar e pela presença de muitos profissionais desconhecidos do casal. Não fazem exames, nem atuam clinicamente. São contratadas pelas gestantes algumas semanas antes do parto. Alguns hospitais públicos possuem doulas voluntárias à disposição das parturientes.

Parteiras: conhecidas também por parteiras tradicionais, são as mulheres que aprenderam seu ofício na prática, geralmente auxiliando parteiras mais velhas. Muito ativas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, são responsáveis pelos partos domiciliares, especialmente em zonas rurais onde o acesso aos hospitais é difícil. Em alguns estados elas recebem incentivo do goverto, através da doação de materiais e cursos de reciclagem, onde aprendem novas técnicas que auxiliem no atendimento às parturientes.

Preparadoras, educadoras perinatais: são as responsáveis pela preparação para o parto, através de cursos em grupo ou individuais. A formação dessas profissionais é variada: psicologia, fisioterapia, educação física, etc... Algumas preparadoras focam a questão do condicionamento físico, ou seja, se concentram nos exercícios, hidroginástica, alongamento, etc.. Outras dão mais importância à preparação emocional, sendo o curso mais voltado às questões práticas do parto e maternidade. Obviamente existem outras formas de preparação, que podem ser explicadas pelas profissionais responsáveis.

Enfermeiras: estão presentes nos partos hospitalares e atendem os médicos, fornecendo os materiais e serviços que eles solicitam. Elas não atendem partos. Algumas dão atendimento às parturientes, outras aos bebês recém nascidos nos berçários dos hospitais.

Auxiliares de enfermagem: também estão entre os profissionais que atuam dentro do hospital e prestam auxílio aos médicos e enfermeiras.
Instrumentadoras cirúrgicas: atuam especialmente durante a cesárea e são responsáveis pela preparação e entrega dos instrumentos ao médico conforme eles vão sendo solicitados.
 

Fonte:http://www.amigasdoparto.com.br/profissionais.html

Parto na Água: Nascer com Dignidade

A experiência do parto é talvez a maior experiência que uma mulher pode ter em sua vida. Tudo o que pudermos fazer para que ela a viva da maneira mais adequada, respeitosa e verdadeira, estaremos  ajudando a criar um mundo mais autêntico e humano. A liberdade de escolha faz parte do processo criativo. As mulheres devem ter a possibilidade de optar por um parto na água, se assim o desejarem...
O que é o Parto na Água:
É a opção na qual a água é usada como elemento de relaxamento (para a mãe) durante o trabalho de parto. Pode ser usada na forma de chuveiro, ducha (nas costas ou na barriga), uma banheira normal ou mesmo uma banheira de hidromassagem.
O bebê pode nascer embaixo da água ou não. Por definição, o parto na água se caracteroza quando a mãe dá a luz com os genitais totalmente cobertos de água.
A mãe que está tendo o bebê pela primeira vez não deve entrar dentro da banheira antes de atingir sete centímetros de dilatação, pois diminuiria a progressão da dilatação. A que está tendo o segundo ou terceiro bebê pode entrar a partir dos seis centímetros de dilatação.
A ação da água:
A água deve estar aquecida, entre 35 e 37 graus Celsius. Isto provoca um aumento da irrigação sangüínea da mãe, a diminuição da pressão arterial, além do relaxamento muscular, o que faz com que a mãe tenha um alívio da sensação dolorosa.
Michel Odent acha que todo este ambiente favorável à mãe acaba por favorecer a produção de ocitocina, que, segundo ele, é o hormônio do amor. Os cientistas o consideram o hormônio da parturição.
De qualquer maneira muitos namorados sonham com uma situação especial dentro da água... A água mexe com a natureza humana, quase todas as crianças adoram brincar com a água. A parturiente fica mais leve dentro da água, pode se movimentar melhor, girar a bacia, procurar posições que a façam sintir melhor, e o bebê dentro dela também fica mais leve... então por que não?
As vantagens do parto na água:
A água proporciona ao bebê uma reprodução muito parecida com o ambiente de sua gestação. Com o nascimento na água, o bebê viaja suavemente de um lugar quente, molhado e seguro, dentro do corpo de sua mãe, para outro lugar com as mesmas características.
Na água, a gestante sente menos dor e quase nunca há necessidade de intervenção médica. A água cria uma pressão igual em todas as partes do corpo, a mãe e o bebê sofrem menos ansiedade e a mãe pode encontrar uma posição cômoda e eficiente que facilita o nascimento do bebê.
A água proporciona uma maior flexibilidade em todo o processo de parto, a mãe sente menos pressão no abdômen e no útero durante as contrações e o bebê não recebe os estímulos que o induzem à respiração, presentes no nascimento seco. É possível que, na água, haja uma forma suave de se estimular a respiração do bebê, razão pela qual poucos deles gritam após o nascimento nesse ambiente.
O nascimento na água é extremamente seguro. Em mais de 45.000 nascimentos na água registrados no mundo, não houve complicações perigosas à vida da mãe ou do bebê.
As desvantagens do parto na água:
Há questionamentos sobre os partos considerados de risco: gemelares, pélvicos, prematuros, entre outros, embora alguns defendam que, mesmo nestes casos, a água pode trazer uma ajuda.
Contra indica-se o parto na água em casos de bebê com peso previsto para mais de 4500 gramas. Os casos entre 4000 e 4500 gramas devem ser avaliados, pela possibilidade de distócia de ombro. A episiotomia pode ser feita com dificuldade dentro da água. Em casos com antecedentes de hemorragia não deve ser feito o parto na água, embora se possa usar a água durante o período de dilatação.
Em suma, a água é um elemento terapêutico que pode trazer muitas vantagens no desenrolar do parto, favorecendo o processo de dilatação, o alívio das dores e o relaxamento muscular e emocional da mãe.
A meu ver, deveria se vencer o preconceito que existe em relação à instalação de banheiras em ambiente de parto, para que as parturientes pudessem dispor deste recurso para um parto mais humanizado.
  

Fonte: http://www.amigasdoparto.com.br/ac013.html
Dr. Adailton Salvatore Meira
Médico Homeopata, Ginecologista e Obstetra
Campinas, SP
email: salvatore@terra.com.br
site: www.maternatura.com.br

Parto humanizado reduz mortalidade materna

parto-humanizado
O risco de uma mulher morrer em consequência ou durante o parto cesariana é quase quatro vezes maior que no caso de parto normal. Campeão mundial em cesáreas - a técnica representa cerca de 70% dos partos ocorridos no país -, o Brasil poderia reduzir os altos índices de mortalidade materna apenas adotando medidas que dispensam ou requerem o mínimo de intervenção cirúrgica para se dar à luz. Nessa nova postura preventiva, as vantagens do parto humanizado ganham cada vez mais espaço entre profissionais e gestantes.

Os dados são alarmantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 600 mil mulheres morrem por ano em todo o mundo em decorrência do parto - uma a cada minuto. Segundo especialistas, esse panorama é resultado da cultura "hospitalocêntrica" copiada do modelo norte-americano. "Médicos e gestantes, influenciados pela ideia de maior produção em menos tempo, se convenceram de que o mais prático é marcar a hora do parto, contrariando a própria natureza da mulher", aponta o obstetra e ginecologista Lucas Barbosa da Silva, coordenador do serviço de obstetrícia do Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte (MG).
As altas taxas de cesarianas, avalia o médico, não condizem com a realidade econômica brasileira. Em países desenvolvidos, privilegiam-se os procedimentos normais, comprovadamente mais eficientes e menos perigosos tanto para a mãe quanto para o filho. "Mesmo em Cuba, economicamente ainda com muitas deficiências, a mortalidade materna não passa de 25 para cada 100 mil nascidos vivos, resultado direto da preferência pelos partos normais, usados em cerca de 70% dos nascimentos", explica.
Defensor da humanização, o obstetra lembra que o Ministério da Saúde vem adotando uma série de medidas a fim de garantir melhores condições às gestantes e recém-nascidos. Uma das exigências para as novas maternidades ou para aquelas que passam por reformas é a de separar a área de parto da enfermaria normal e a adoção do conceito PPP (procedimentos de pré-parto, parto e pós-parto no mesmo local e cama, sem que a paciente precise ser deslocada para outro ambiente).

Epidemia silenciosa

Em 20 anos, desde a instalação do Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna e Infantil, em Minas Gerais, foram registrados e investigados 2.667 óbitos de gestantes em função do parto no Estado. Dessas, 83% poderiam ser evitadas. As maiores vítimas são mulheres com idade entre 28 e 35 anos, com dois ou três filhos. Nesse tempo, 5.524 crianças ficaram sem mães. "Estamos diante de uma epidemia silenciosa que poderia ser evitada com medidas simples", revela a presidente do comitê, Eliana Carzino.
Pré-natal de qualidade e a presença do acompanhante são algumas das alternativas que otimizariam a redução da mortalidade. "Várias portarias, decretos e leis estão sendo editados para que o sistema seja reorganizado e mais humanizado. As mulheres precisam conhecer e exigir os seus direitos", orienta. A avaliação dos casos, garante, tem papel essencial na elaboração de ações efetivas para que situações semelhantes não se repitam. O programa "Nascer no Paraná", lançado em maio, tem envolvido a comunidade nesse controle.
Saiba mais: Parto normal ou cesárea?

Parto rápido e sem dor

Grande parte das mulheres sem qualquer problema durante a gravidez e que poderia dar à luz pelo método natural optam pela cesariana por causa da dor do parto. Temerosas de que o trabalho de parto possa durar horas e a fim de evitar o sofrimento prolongado, submetem-se à intervenção cirúrgica por considerarem mais cômodo. Na contramão dos avanços tecnológicos, uma técnica simples vem ganhando cada vez mais espaço entre profissionais de saúde e gestantes: o parto na água.
A técnica proporciona maior bem-estar durante o trabalho de parto pelo efeito anestésico da água morna. Na banheira, as mães ficam mais relaxadas e as dores das contrações são amenizadas. Em alguns casos, o pai também pode entrar na água. "Muitas mulheres que optam pelo parto normal acabam tendo de fazer a cesariana por exaustão provocada pelas fortes dores. Com o parto na água, as dores são mínimas", explica a ginecologista e obstetra Gláucia Menezes, do Hospital Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu (PR).
>> Conheça aqui a taxa de mortalidade materna na sua cidade
Adaptando-se às novas exigências do Ministério da Saúde, o hospital é um dos primeiros no Estado do Paraná a oferecer a técnica às gestantes. Em 21 de dezembro, a equipe do Costa Cavalcanti realizou os três primeiros partos na água, todos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Lucas Vinicius Rios da Silva, terceiro filho de Maria Candelária Rios Irazábal, foi quem inaugurou a banheira. "O parto foi rápido e sem dor. Não senti quase nada, bem diferente dos dois primeiros, também normais. Recomendo," afirma a mãe.
Uma das primeiras maternidades brasileiras a adotar o modelo humanista no acompanhamento de gestantes e recém-nascidos, o Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte (MG), há anos vem conseguindo manter o índice de cesarianas em 20%. Tudo graças a campanhas de esclarecimento sobre as vantagens do parto normal, o acompanhamento pré-natal e a multidisciplinaridade das equipes de saúde, com psicólogo, enfermeira obstetra e "doulas", acompanhantes de parto que já tiveram vários filhos.
"A preparação psicológica é muito importante para que a mãe, quando possível, possa tomar a melhor decisão sobre o tipo de parto que deseja", sugere o obstetra do Sofia Feldman, Lucas Barbosa da Silva. Técnicas que auxiliem no trabalho de parto, reduzindo a dor ou possibilitando que o pai possa estar presente, também são bastante utilizadas na proposta de humanização do atendimento à futura mãe. Entre as mais procuradas está a do parto na água, com mais de mil nascimentos desde 2001.

Fonte: Portal ODM

domingo, 20 de março de 2016

Receita de bolo de chocolate

RECEITA: Bolo de Chocolate com Cobertura de Chocolate Vegano (Sem Leite, Ovos)

Eu fiz este bolo no aniversário do meu marido, ele adorou tanto o visual quanto o sabor! rss. Decorei com Amendoim Dori e polvilhei coco ralado por cima. Por ser uma receita vegana, é menos calórica e mais saudável! Super fácil de fazer, não tem segredo, não tem mistério. Esse bolo cai bem em qualquer ocasião! Vamos lá aprender como fazer essa delícia!

BOLO

Ingredientes

Bolo de Chocolate com Cobertura de Chocolate Vegano APLV
Bolo de Chocolate com Cobertura de Chocolate Vegano e para APLV
  • 4 xícaras de farinha de trigo
  • 2 xícaras de açúcar
  • 2 pitadas de sal
  • 2 colheres de sopa de fermento
  • 1 xícara de cacau em pó
  • 1 xícara de óleo
  • 2 xícaras + 1 colher de sopa de água

Modo de Fazer

Misture primeiro os secos (farinha, fermento, sal, etc) depois adicione os molhados (água e óleo) e bata a massa. Asse sempre em forno pré aquecido a 180º, por 40 minutos ou até que doure. Desligue o forno e deixe no forno fechado por uns 15 minutos.

COBERTURA

Ingredientes

  • 500ml leite de coco
  • 12 colheres de sopa de açúcar
  • 1 colher de sopa de óleo vegetal
  • 1 pitada de sal
  • cacau em pó

Modo de Fazer

Coloca o leite de coco em fogo alto até ferver, adiciona os outros ingredientes, abaixa o fogo, mistura bem e deixa até engrossar (leva uma meia hora). Usei coco ralado e amendoim dori pra enfeitar. Essa medida rendeu pra colocar recheio no bolo e cobrir todo o bolo, ainda sobrou um pouquinho.


Fonte: https://meumundoaplv.wordpress.com/2015/08/27/receita-bolo-chocolate-cobertura-chocolate-vegano-aplv-sem-leite/